Foram demitidos oito policiais penais e um policial civil - Um agente é acusado de matar um policial militar, em uma briga em um bar.
Investigações da Controladoria Geral de Disciplina resultaram
nas demissões de nove policiais
O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), assinou a demissão de nove policiais (sendo oito policiais penais e um policial civil), acusados de
crimes como homicídio, corrupção e extorsão. As portarias foram publicadas no
Diário Oficial do Estado (DOE) da última sexta-feira (31).
O policial penal Anderson Laureno
Clementino foi demitido em um Processo Administrativo Disciplinar (PAD)
aberto em decorrência de ter matado o policial militar William dos Santos Medeiros e baleado outro homem, em uma briga em
um bar, em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), no dia 19 de
março de 2023. A defesa alegou que o cliente foi agredido pelo PM e efetuou
apenas um disparo (que atingiu os dois homens) para se defender.
O policial civil Marcondes Nanglê Gomes
Quirino também foi demitido em razão de um homicídio. O inspetor, três policiais
militares e um ex-PM foram acusados de matar um homem, no Município de Jijoca
de Jericoacoara, no dia 20 de março de 2018. A vítima seria envolvida com o
tráfico de drogas e teria ameaçado um militar. A Justiça Estadual decidiu levar
o grupo a julgamento, mas ainda não marcou data para o júri popular.
Outro PAD aberto na Controladoria Geral de Disciplina (CGD) resultou na
demissão do policial penal Milton
Oliveira Martins Neto, acusado de corrupção passiva, de associação
criminosa e de facilitar a entrada de aparelho eletrônico em estabelecimento
penal. Ele já havia sido demitido em outra investigação administrativa, por
abandonar o cargo público após faltar por mais de 30 dias seguidos.
R$ 190 mil teriam sido pagos a Milton Oliveira para facilitar a fuga de 15
presos do antigo Instituto Penal Professor Olavo Oliveira II (IPPOO II) - hoje
UPPOO III - segundo as investigações.
Já o policial penal Ítalo Emmanuel
Cardoso Soares, também demitido, foi preso em flagrante, no dia 15 de junho
de 2021, por suspeita de participar de uma extorsão de R$ 25 mil, no bairro
Dunas, em Fortaleza. Segundo a defesa, o policial realizou apenas uma cobrança
de uma dívida, o que "não daria margem a indicação de crime de
extorsão".
Outra prisão em flagrante também resultou em demissão. O policial penal Victor Mateus The Távora foi detido por
corrupção passiva, tráfico de drogas e associação para o tráfico, no dia 22 de
outubro de 2023. O agente já foi condenado a 14 anos e 5 meses de reclusão, na
esfera criminal, por decisão da 1ª Vara da Comarca de Pacatuba.
Faltas ao trabalho e atestado médico falso - Dois policiais penais foram demitidos pelo governador do Estado por
acúmulo de faltas. Antônio Damasceno
Júnior foi acusado de acumular 86 dias de falta, entre fevereiro e maio de
2019, na Unidade Prisional Professor José Sobreira de Amorim (UPPJSA). A defesa
alegou que as testemunhas "não souberam precisar com exatidão o período e
a quantidade de plantões em que o acusado teria faltado ao serviço".
Já Fernando José Evangelista dos
Santos teria faltado 67 dias de trabalho, entre março e julho de 2020, na Unidade
Prisional Agente Luciano Andrade Lima (antiga CPPL I).
O servidor Francisco Doreslandes
Lameu Timbó Júnior foi demitido em razão da acusação de apresentar dois
atestados médicos falsos, para abonar faltas nos plantões de junho e julho de
2021. Ao ser interrogado na CGD, ele alegou que foi a um hospital público e
disse a um vigilante que era policial penal e precisava de um atestado médico,
e que, pouco depois, o vigilante apareceu com o atestado. O servidor afirmou
ainda que era na época da pandemia da Covid-19 e que tinha "muito medo de morrer".
Por fim, o policial penal Ítalo
Roney Barroso Soares teria abandonado o cargo público depois do plantão de
19 de agosto de 2017, na Casa de Privação de Liberdade Professor Clodoaldo
Pinto, até novembro daquele ano.
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