sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Iguatu - Verba da APAE foi desviada para pagamento de fornecedores na gestão de Ednaldo Lavor

O pagamento teria sido feito dia 20 de dezembro de 2024

O vereador Lindovan Oliveira (MDB) fez uma grave denúncia sobre o destino da verba enviada pelo deputado federal André Fernandes (PL) à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Iguatu. Segundo o parlamentar, os recursos, oriundos de uma emenda de R$ 180 mil, que deveriam ser utilizados para atender pessoas com deficiência, foram desviados para o pagamento de fornecedores da prefeitura durante a gestão do ex-prefeito Ednaldo Lavor. O pagamento teria sido feito dia 20 de dezembro de 2024.
A APAE, que desempenha um papel fundamental na assistência a crianças, jovens e adultos com deficiência, depende diretamente dos repasses municipais para manter suas atividades, incluindo atendimento médico, terapias, suporte educacional e social. Com o desvio desses recursos, os serviços prestados pela entidade podem ter sido comprometidos, afetando diretamente os beneficiários e suas famílias.

Irregularidade na destinação de verbas públicas - De acordo com informações, o montante desviado fazia parte de uma verba específica destinada à APAE por meio de convênios firmados com a prefeitura. No entanto, ao invés de ser repassado integralmente à instituição, o dinheiro teria sido utilizado para cobrir dívidas da gestão municipal com fornecedores. O vereador afirmou que um dos principais beneficiados, que teria recebido, supostamente não tinha  conhecimento da origem do recurso, que seriam originalmente destinados à entidade assistencial.
A prática pode configurar uma irregularidade grave na administração pública, uma vez que recursos vinculados a áreas essenciais, como saúde e assistência social, não podem ser utilizados para fins distintos dos quais foram previstos. O caso pode levar à abertura de investigações por parte do Ministério Público e de órgãos de fiscalização, como o Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Impacto na APAE e no atendimento aos beneficiários - O impacto do não repasse dos valores à APAE ainda precisa ser mensurado, mas há indícios de que a entidade enfrentou dificuldades financeiras durante o período, afetando diretamente o atendimento aos assistidos. A falta de recursos pode ter comprometido o pagamento de profissionais especializados, aquisição de materiais terapêuticos e realização de serviços essenciais para a reabilitação e inclusão social dos beneficiários.

Posicionamento da gestão e possíveis desdobramentos - Até o momento, tanto a gestão do prefeito Roberto Filho (PSDB) como o ex-prefeito Ednaldo Lavor não se manifestaram oficialmente sobre as denúncias. Caso seja comprovado o desvio de finalidade, ele e outros responsáveis pela gestão financeira da prefeitura à época poderão responder por improbidade administrativa e outras penalidades previstas em lei.
A população aguarda esclarecimentos da atual gestão e medidas que garantam que casos como esse não voltem a se repetir, garantindo que recursos destinados a entidades assistenciais sejam devidamente aplicados para atender aqueles que mais precisam. 

Fonte - maisfm

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