segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

PM acusado de integrar milícia deve voltar para presídio militar após cirurgia na perna

Conforme trecho da decisão publicada no Diário da Justiça estava autorizado que o PM permanecesse em casa até o dia 24 de janeiro de 2025

A Justiça decidiu, por meio da Vara da Auditoria Militar do Ceará, que o policial militar Jackson Araújo Mota volte ao presídio militar. O agente, acusado de integrar uma milícia em Fortaleza, foi para prisão domiciliar devido a uma cirurgia.
Conforme trecho da decisão publicada no Diário da Justiça da última terça-feira (28), estava autorizado que o PM permanecesse em casa até o dia 24 de janeiro de 2025. A defesa solicitou prorrogação do prazo e o pedido foi indeferido.
Ao recorrer, a defesa alegou que o  tratamento pós-operatório exige acompanhamento médico contínuo e "repouso em condições incompatíveis com o regime carcerário, o que justifica a modificação do local de cumprimento da prisão", ficando o réu com ou sem monitoramento eletrônico.

HOMICÍDIOS E EXTORSÕES - O PM foi denunciado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público do Ceará (MPCE), sob acusação de participar de uma organização criminosa formada por policiais militares, que cometeria crimes como homicídios e extorsões, nas regiões do Grande Pirambu e da Barra do Ceará.
Jackson foi acusado pelos crimes de integrar organização criminosa, extorsão qualificada (duas vezes), lavagem de dinheiro, ameaça, tráfico de drogas e falsificação de documento particular.
Dez policiais militares foram acusados pelo Gaeco, no dia 31 de agosto de 2023, após investigações realizadas em parceria com a Coordenadoria de Inteligência (Coin), da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS).
Além de Jackson Araújo Mota, também foram detidos por força de mandados de prisão preventiva, na operação, os PMs José Otaviano Silva Xavier (apontado como o líder da organização criminosa) e Francisco Ivanildo Brígido de Sousa.

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