Em abril de 2022, os sete acusados de participarem da chacina que deixou 10 mortos em janeiro de 2018, foram condenados a uma pena total que ultrapassa 1.350 anos de prisão.
Condenações e penas dos sete acusados de
cometer uma chacina dentro da cadeia pública de Itapajé foram mantidas pelo
Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). Somadas, as penas para os réus pelos 10
assassinatos ultrapassam 1.350 anos de prisão.
As defesas apelaram alegando insuficiência de provas e inconstitucionalidade
dos depoimentos das testemunhas, pedindo um novo julgamento pelo Tribunal do
Júri. Na última semana, membros da 3ª Câmara Criminal do TJCE votaram negando o
pedido.
O JULGAMENTO - Em abril de 2022, os
sete acusados de participarem da chacina que deixou 10 mortos em janeiro de
2018, foram condenados a uma pena total que ultrapassa 1.350 anos de prisão. O julgamento durou mais de 21 horas.
Seis acusados foram condenados pela prática de dez homicídios triplamente
qualificados (por motivo torpe, meio cruel e com recursos que dificultaram as
defesas das vítimas). Já Murilo Borges de Araújo foi sentenciado pela prática
de dez homicídios duplamente qualificado (por motivo torpe e com recursos que
dificultaram as defesas das dez vítimas).
O grupo responde atualmente em regime fechado.
Confira as penas de cada acusado
Alex Pinto Oliveira
Rodrigues: 240 anos de prisão
Artur Vaz Pereira, o
“Sayamen”: 210 anos e 4 meses
Francisco das Chagas
Sousa, o “Chicó”: 180 anos e 8 meses
Antônio Jonatan de
Sousa Rodrigues, o “Zé Tronco”: 180 anos e 8 meses
Willian Alves do
Nascimento, o “Batata”: 180 anos e 8 meses
Francisco Idson Lima de
Sales, o “Idson”: 180 anos e 8 meses
Murilo Borges de
Araújo: 180 anos e 8 meses
As vítimas do massacre foram identificadas
como Francisco Elenilson de Sousa Braga (vulgo “Leleu”), Carlos Bruno Lopes
Silva, Willian Aguiar da Silva, Manuel da Silva Viana (o “Pirrana”), Francisco
Helder Mendes Miranda, Francisco Emanuel de Sousa Araújo, Caio Mendes Mesquita,
Francisco Davi de Sousa Mesquita, Francisco Mateus da Costa Mendes e Alex Alan
de Sousa Silva.
Relembre o caso - Em poucos minutos, 10
pessoas foram assassinadas em um mesmo prédio. Poucos dias depois, a Polícia
Civil divulgou que o crime foi motivado por desavenças internas acentuadas
devido à superlotação no equipamento.
O inquérito policial foi concluído pela Delegacia Municipal de Itapajé e
remetido à Justiça. O bando foi denunciado pelo MPCE por homicídio qualificado.
A briga aconteceu durante o banho de sol dos internos. Apenas um agente
penitenciário atuava na unidade no momento dos assassinatos.
Conforme a acusação do MPCE, os denunciados, mediante ajuste prévio, com
identidade de propósitos, tramaram uma emboscada contra membros de uma facção
criminosa rival. Foram utilizadas duas armas de fogo e facas para acuar e matar
as vítimas.
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