Crime aconteceu em junho de 2024 no município de Salitre - Padrasto foi preso em Pernambuco, após fugir da cidade
Homem condenado a 46 anos de prisão por matar enteada
O Tribunal do Júri de Campos Sales condenou a 46 anos e 6
meses de prisão na última quinta-feira (20) um homem que abusou da enteada de
13 anos, matou a vítima asfixiada e queimou o corpo dela na tentativa de
ocultar o cadáver. O crime aconteceu no dia 29 de
junho de 2024, no município de Salitre.
Segundo as investigações, o padastro, Natanael
Alves dos Santos, cometeu uma série de crimes sexuais contra a enteada, Maria Raquelly Conceição Lima, como
importunação, exploração sexual e prática de atos libidinosos.
Ele tinha um relacionamento com a mãe de Raquelly desde 2021 e, de acordo com a
confissão do próprio Natanael, no dia 29 de junho de 2024, aproveitou que a
companheira tinha saído de casa e ofereceu dinheiro para a enteada em troca de
favores sexuais. Eles discutiram, e Natanael matou a vítima asfixiada com uma corda.
Depois de matar a menina, ele pegou roupas dela para fingir que ela tinha
fugido de casa. Depois, levou o corpo para um matagal na localidade de Sítio
Baixio, em Salitre, e o envolveu com capas do banco do carro e com roupas. Depois, ele ateou fogo.
Conforme a denúncia do Ministério Público, também havia sinais de
esquartejamento, uma vez que membros do corpo foram encontrados separados em um
raio de três metros.
Nos dias seguintes ao crime, a família de Raquelly fez uma mobilização na
cidade em busca da menina, que era dada como desaparecida. A família chegou a
oferecer uma recompensa de R$ 2 mil pelo paradeiro da garota.
A investigação do desaparecimento dela tomou outro rumo quando o padrasto
passou a ser suspeito. Natanael fugiu de
Salitre e foi preso no dia 4 de julho no município de Serrolândia, em
Pernambuco. Na viatura, ele tentou tirar a própria vida e foi levado a um
hospital pernambucano, onde confessou os crimes.
O padrasto, Natanael Alves dos Santos, foi considerado culpado pelo Tribunal do
Júri da Vara Única da Comarca de Campos Sales pelos crimes de homicídio
qualificado, ocultação de cadáver e prática de crimes sexuais.
O crime de homicídio ainda teve cinco agravantes: por motivo fútil, por
asfixia, mediante recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da
vítima, contra mulher em razão do sexo feminino e contra menor de 14 anos.
Ele foi condenado a 46 anos e 6 meses de
prisão, que devem ser cumpridos inicialmente em regime fechado.
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