sexta-feira, 4 de abril de 2025

15 cearenses são acusados de integrar grupo ligado ao Comando Vermelho que furtava caminhonetes de luxo pelo Brasil

Quatro homens naturais do Ceará são apontados como líderes do esquema criminoso

Quadrilha era especializada no furto de veículos de luxo, que eram trocados por drogas na fronteira do Brasil

Um grupo de 32 pessoas foi acusado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) de integrar uma organização criminosa ligada à facção carioca Comando Vermelho (CV) e especializada em furto de caminhonetes de luxo pelo Brasil. Entre os denunciados, estão 15 cearenses - dos quais quatro homens são apontados como líderes do esquema criminoso e uma mulher indicada pela denúncia como funcionária terceirizada da Justiça do Ceará. O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) nega que a acusada trabalha em uma unidade judiciária cearense.
A denúncia foi apresentada pelo MPDFT à Justiça do Distrito Federal no último dia 27 de março. Conforme o documento, os acusados, "livre e conscientemente, promoveram, constituíram, integraram e financiaram organização criminosa, associando-se de forma estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, para o fim de cometerem crimes, em especial delitos de furto qualificado, receptação e adulteração de sinais de veículos automotores, principalmente de caminhonetes Toyota Hilux".
Apesar do grande número de acusados naturais do Ceará, os furtos ocorriam principalmente no Distrito Federal e no Estado de Goiás. As caminhonetes furtadas eram levadas pelo Comando Vermelho para a fronteira do Brasil com países como Bolívia e Paraguai, para serem trocadas por drogas, que abasteciam o mercado interno da facção. O grupo foi alvo de uma operação deflagrada pelas polícias civis do Distrito Federal (PCDF) e do Ceará (PCCE), no dia 13 de fevereiro deste ano.

Confira os integrantes do Ceará acusados de participarem da organização criminosa

Francisco Hélio Forte Viana Filho, conhecido como 'Kalanguinho' (cearense, foragido).

Matheus Oliveira Amora da Silva, conhecido como 'Pepeu' (cearense, preso preventivamente).

Bruno Batista de Sousa Frota (cearense, preso preventivamente).

Mateus Batista de Sousa Frota, conhecido como 'Matala' (cearense, preso preventivamente).

Matheus Pereira Nogueira, conhecido como 'Pica-Pau' (cearense, preso preventivamente).

Alison Lemos de Almeida (cearense, preso preventivamente).

Anderson Lemos de Almeida (cearense, preso).

Lenilson Ribeiro Ferreira da Silva, conhecido como 'Leno' (cearense, preso na operação).

Ana Gabriela Pereira Monteiro (cearense, em liberdade).

Carlos Eduardo Rocha de Oliveira (cearense, não há informações sobre prisão na denúncia do Ministério Público).

Maria Victoria Mendes Campos Cortez (cearense, não há informações sobre prisão na denúncia do Ministério Público).

Natalicia Teixeira Rocha (cearense, não há informações sobre prisão na denúncia do Ministério Público).

Anderson Batista de Sousa (cearense, não há informações sobre prisão na denúncia do Ministério Público).

Robson Mateus Sipriano da Costa (cearense, não há informações sobre prisão na denúncia do Ministério Público).

Nayana Façanha Peixoto (cearense, não há informações sobre prisão na denúncia do Ministério Público).

23 veículos de modelo Toyota Hilux foram furtados no Distrito Federal, e os crimes são atribuídos à organização criminosa, somente no ano de 2024.

Líder da organização criminosa foragido - Francisco Hélio Forte Viana Filho, conhecido como 'Kalanguinho', que está foragido, é apontado pelas autoridades brasilienses como o líder da organização criminosa e integrante da facção carioca Comando Vermelho.

Suposta funcionária da Justiça do Ceará - Outra cearense acusada por integrar a organização criminosa é Maria Victória Mendes Campos Cortez, prima de Francisco Hélio Forte e funcionária terceirizada do Fórum de Caucaia, segundo a denúncia do MPDFT.
Conforme a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, "Maria Victória trabalha como servidora terceirizada no Fórum de Caucaia/CE e se utiliza de sua função para realizar pesquisas nos sistemas da justiça para municiar os membros do bando sobre investigações em curso e andamento de processos".
O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) negou que a acusada trabalha em uma unidade judiciária cearense.
A Polícia Civil identificou que Maria Victória integrava o núcleo financeiro do grupo criminoso. 

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