Quatro homens naturais do Ceará são apontados como líderes do
esquema criminoso
Quadrilha era especializada no furto de veículos de luxo, que
eram trocados por drogas na fronteira do Brasil
Um grupo de 32 pessoas
foi acusado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT)
de integrar uma organização criminosa ligada à facção carioca Comando Vermelho
(CV) e especializada em furto de caminhonetes de luxo pelo Brasil. Entre os
denunciados, estão 15 cearenses -
dos quais quatro homens são apontados como líderes do esquema criminoso e uma
mulher indicada pela denúncia como funcionária terceirizada da Justiça do
Ceará. O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) nega que a acusada trabalha em uma
unidade judiciária cearense.
A denúncia foi apresentada pelo MPDFT à Justiça do Distrito Federal no último
dia 27 de março. Conforme o documento, os acusados, "livre e
conscientemente, promoveram, constituíram, integraram e financiaram organização
criminosa, associando-se de forma estruturalmente ordenada e caracterizada pela
divisão de tarefas, para o fim de cometerem crimes, em especial delitos de
furto qualificado, receptação e adulteração de sinais de veículos automotores,
principalmente de caminhonetes Toyota Hilux".
Apesar do grande número de acusados naturais do Ceará, os furtos ocorriam
principalmente no Distrito Federal e no Estado de Goiás. As caminhonetes
furtadas eram levadas pelo Comando Vermelho para a fronteira do Brasil com
países como Bolívia e Paraguai, para serem trocadas por drogas, que abasteciam
o mercado interno da facção. O grupo foi alvo de uma operação deflagrada pelas
polícias civis do Distrito Federal (PCDF) e do Ceará (PCCE), no dia 13 de
fevereiro deste ano.
Confira os integrantes
do Ceará acusados de participarem da organização criminosa
Francisco Hélio Forte
Viana Filho, conhecido como 'Kalanguinho' (cearense, foragido).
Matheus Oliveira Amora
da Silva, conhecido como 'Pepeu' (cearense, preso preventivamente).
Bruno Batista de Sousa
Frota (cearense, preso preventivamente).
Mateus Batista de Sousa
Frota, conhecido como 'Matala' (cearense, preso preventivamente).
Matheus Pereira
Nogueira, conhecido como 'Pica-Pau' (cearense, preso preventivamente).
Alison Lemos de Almeida
(cearense, preso preventivamente).
Anderson Lemos de
Almeida (cearense, preso).
Lenilson Ribeiro
Ferreira da Silva, conhecido como 'Leno' (cearense, preso na operação).
Ana Gabriela Pereira Monteiro
(cearense, em liberdade).
Carlos Eduardo Rocha de
Oliveira (cearense, não há informações sobre prisão na denúncia do Ministério
Público).
Maria Victoria Mendes
Campos Cortez (cearense, não há informações sobre prisão na denúncia do
Ministério Público).
Natalicia Teixeira
Rocha (cearense, não há informações sobre prisão na denúncia do Ministério
Público).
Anderson Batista de Sousa
(cearense, não há informações sobre prisão na denúncia do Ministério Público).
Robson Mateus Sipriano
da Costa (cearense, não há informações sobre prisão na denúncia do Ministério
Público).
Nayana Façanha Peixoto
(cearense, não há informações sobre prisão na denúncia do Ministério Público).
23 veículos de modelo
Toyota Hilux foram furtados no Distrito Federal, e os crimes são atribuídos à
organização criminosa, somente no ano de 2024.
Líder da organização criminosa foragido - Francisco Hélio Forte Viana Filho, conhecido como 'Kalanguinho', que está
foragido, é apontado pelas autoridades brasilienses como o líder da organização
criminosa e integrante da facção carioca Comando Vermelho.
Suposta funcionária da Justiça do Ceará - Outra cearense acusada por integrar a organização criminosa é Maria
Victória Mendes Campos Cortez, prima de Francisco Hélio Forte e funcionária
terceirizada do Fórum de Caucaia, segundo a denúncia do MPDFT.
Conforme a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios,
"Maria Victória trabalha como servidora terceirizada no Fórum de
Caucaia/CE e se utiliza de sua função para realizar pesquisas nos sistemas da
justiça para municiar os membros do bando sobre investigações em curso e
andamento de processos".
O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) negou que a acusada trabalha em uma
unidade judiciária cearense.
A Polícia Civil identificou que Maria Victória integrava o núcleo
financeiro do grupo criminoso.
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