A última vez em que aconteceu a sangria foi no dia 27 de abril de 2011
Entre agricultores e pecuaristas do Baixo Jaguaribe, é grande
expectativa diante da possibilidade de o Orós - o segundo maior açude do Ceará
- verter ao longo desta semana. A última vez em que
aconteceu esse vertimento (sangria, no cearensês) foi no dia 27 de abril de
2011.
Nos últimos dias, a média de recarga diária da barragem do Orós tem sido de 14
centímetros. No sábado e no domingo passados, centenas de pessoas - algumas de
Fortaleza - viajaram até Orós para ver a beleza que é aquele gigante espelho
d’água cheio de novo.
Se e quando o Orós verter, o rio Jaguaribe, dali até o Castanhão - uma
distância de 135 quilômetros - correrá em caudal, ajudando a recarregar o maior
reservatório do estado, cuja capacidade total é de 6,5 bilhões de metros
cúbicos. Hoje, o Castanhão represa cerca de 1,8 bilhão de metros cúbicos de
água, sendo inexistente, pois, a possibilidade de vertimento.
(São as águas do Orós e do Castanhão que garantem a operação dos polos
agropecuários localizados no Baixo Jaguaribe, incluindo os da Chapada do Apodi,
onde se cultivam frutas, soja e algodão e se desenvolvem grandes fazendas de
criação de gado leiteiro).
Iniciada em 1995, durante o governo de Tasso Jereissati, a obra de construção
do Castanhão foi, de acordo com o Google, concluída no dia 23 de dezembro de
2002, na gestão do governador Beni Veras - fruto de parceria da Secretaria de
Recursos Hídricos do Ceará com o Dnocs - e inaugurada em 29 de janeiro de 2004,
dois meses antes de seu primeiro e último vertimento, em abril de 2004, quando
suas 12 comportas foram abertas para liberar - Jaguaribe abaixo, até sua voz nos
limites de Aracati e Fortim - 300 metros cúbicos de água por segundo.
Aqui, deve ser reverenciado o nome do cearense Paes de Andrade, que, como
presidente da Câmara dos Deputados e, circunstancialmente, ocupando a
presidência da República durante viagem do titular José Sarney, autorizou, em
1989, a construção do Castanhão e garantiu os recursos orçamentários para a
execução do projeto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário