segunda-feira, 28 de abril de 2025

Para que serve a válvula do açude Orós, que cria seu ‘véu de noiva’

 Água jorrando de cano gigante forma atração turística na região do açude, que voltou a sangrar após 14 anos

A válvula, conhecida como 'véu de noiva', foi construída na década de 1980 para transportar a água do Orós para agricultores e produções que estão mais distantes de suas margens

O gigante Orós, segundo maior açude do Ceará, voltou a sangrar no último fim de semana após 14 anos. O espetáculo atraiu centenas de visitantes para a região a fim de ver a água escoando e renovar a esperança em bons anos de abastecimento. Outra atração à parte é o “véu de noiva”, uma flor de água que jorra de uma grande válvula lateral.
Esse dispositivo foi construído na década de 1980 para transportar a água do Orós para agricultores e produções que estão mais distantes de suas margens. A válvula dispersora também mantém o rio Jaguaribe permanente, já que ele é temporário e ficaria seco por vários meses caso o Orós não existisse.
Porém, principalmente pelo tamanho e beleza da vazão, a válvula se tornou um dos grandes pontos de visitação turística da cidade, oferecendo banho e lazer aos visitantes.
Além disso, por conta da alimentação do canal, formou-se um trajeto de paisagens naturais que foi apelidado de “Tuninho”. Apesar da beleza, moradores afirmam que ele só deve ser acessado por pessoas treinadas e com equipamentos de segurança.
A barragem do Orós, que demorou 40 anos para ficar pronta e foi inaugurada em 1961, ocupou o posto de maior reservatório do Ceará até 2002, ano em que o Castanhão foi construído.

Para que serve a água do Orós - O Orós tem como finalidades a perenização do Rio Jaguaribe, irrigação do Médio e Baixo Jaguaribe, piscicultura, culturas agrícolas de áreas de montante e turismo.
O reservatório é responsável por atender às sedes dos municípios de Orós, Icó, Pereiro, Jaguaretama e Jaguaribe, além de diversos distritos, pequenos cultivos da agricultura familiar e outras fontes de geração de renda para os produtores locais.
Segundo a Cogerh, o Orós tem capacidade para 1,9 bilhão de metros cúbicos de água. A sangria beneficia aproximadamente 70 mil pessoas.

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