A Justiça determinou também a
recontagem dos votos para vereador no município
A Justiça Eleitoral atendeu o pedido da Promotoria
da 13ª Zona e decretou, na segunda-feira (31), a inelegibilidade por oito anos
do suplente de vereador em Iguatu, Jocélio
Viana, por suposto envolvimento com facção criminosa e abuso
de poder econômico durante a campanha eleitoral de 2024. Na decisão, a
Justiça ainda determinou, a pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE),
a recontagem dos votos para vereador no
município, já que tornou nulos os votos recebidos por Jocélio Viana, o que
influencia no cálculo dos quocientes eleitoral e partidário. Jocélio Viana
obteve 770 votos, não foi eleito, mas está na suplência da Câmara.
Na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), a Promotoria apontou
indícios de que o candidato a vereador em 2024 teria oferecido R$ 50 mil a um
integrante de facção criminosa local com o intuito de obter apoio e votos. As
conversas entre o traficante, conhecido como Thiago Fumaça, e o então
postulante a Câmara de Vereadores de Iguatu teriam ocorrido através do WhatsApp
entre os dias 06 e 26 de agosto de 2024. Para
a Promotoria, ficou provado que a iniciativa de procurar o chefe de facção
criminosa visando apoio eleitoral foi exclusiva de Jocelio Viana, não havendo
provas de envolvimento de outros candidatos.
"Os diálogos revelam que o valor acordado seria repassado por Jocélio a
Thiago, com a finalidade de garantir o apoio deste último à sua campanha
eleitoral. Esses elementos indicam que o tema central das conversas está
diretamente relacionado à compra de apoio político para impulsionar a
candidatura de Jocélio ao cargo de vereador, configurando, assim, o abuso de
poder econômico", frisou o MP Eleitoral na AIJE.
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