Exames iniciais revelaram sinais evidentes de agressões
Um casal foi preso
suspeito de matar o próprio filho, um bebê de apenas 1 mês e 19 dias no
município de Juazeiro do Norte, no interior do Ceará. A criança chegou sem vida
ao Hospital Infantil Maria Amélia Bezerra, levada pelos pais, uma mulher de 30
anos e um homem de 24, sob a alegação de dificuldades respiratórias. No entanto, exames iniciais revelaram
sinais evidentes de agressões, incluindo fraturas e lesões pelo corpo, além de
traumatismo craniano.
Diante das evidências, a equipe médica acionou a Polícia Militar do Ceará
(PMCE), que deu início às investigações. Após diligências, foi constatado que
se tratava de um caso de homicídio, e os pais foram autuados em flagrante por
homicídio qualificado. Eles foram encaminhados à Delegacia de Juazeiro do Norte
e permanecem à disposição da Justiça.
Em depoimento, a mãe afirmou sofrer de problemas psicológicos e relatou que
a gravidez havia sido indesejada, alegando ainda não se lembrar do que ocorreu.
Já o pai negou envolvimento nas agressões e disse não ter presenciado a
companheira maltratando o filho, apesar de ela apresentar comportamento
agressivo.
As investigações revelaram ainda que, cerca de 15 dias antes da morte, o
bebê deu entrada no mesmo hospital com uma fratura no braço. Na ocasião, a mãe
alegou que a criança teria dormido sobre o membro lesionado. O braço do bebê
foi engessado, mas, no dia em que voltou à unidade sem vida, o gesso já havia sido
retirado - fato que reforçou a suspeita de que a criança vinha sendo vítima de
maus-tratos por parte dos genitores.
O caso de Juazeiro do Norte é o terceiro, em menos de 15 dias, envolvendo a
morte de crianças no Ceará com indícios de violência praticada pelos próprios
pais ou responsáveis.
No último dia 6 de maio, em Fortaleza, o bebê Axel Guilherme, de 1 ano e 6
meses, faleceu após três dias internado em decorrência de agressões. A mãe e o
padrasto foram presos ainda no hospital, no mesmo dia em que a criança foi
internada. Após a confirmação da morte, o Ministério Público do Ceará (MPCE) se
manifestou favoravelmente ao pedido de guarda feito pelo pai biológico da
criança.
Outro crime semelhante foi registrado em 1º de maio, no município de
Jardim, também no Cariri cearense. Um casal, ambos com 22 anos, foi preso
suspeito de matar a filha de apenas um mês. Segundo laudo da Perícia Forense do
Ceará (Pefoce), a bebê apresentava sinais de asfixia e espancamento. Assim como
nos demais casos, os pais levaram a criança sem vida a uma unidade de saúde
local e forneceram versões contraditórias sobre a causa da morte. A partir disso,
a Justiça decretou a prisão preventiva do casal.
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