sexta-feira, 30 de maio de 2025

Com 27 açudes sangrando - Ceará finaliza quadra chuvosa de 2025 com mais de 50% da capacidade total

Açude Orós sangrou em 2025 após 14 anos, reflexo do bom aporte durante a quadra chuvosa do Ceará neste ano.

Com chuvas até agora dentro da média nos meses da quadra chuvosa, fevereiro a maio, o Ceará tem um retrato positivo nos 157 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Nesta sexta-feira (30), 55% do volume total deles estão preenchidos.
O Estado tem, no momento, 27 reservatórios sangrando (veja lista abaixo), ou seja, que atingiram a capacidade máxima. Entre eles está o Orós, o segundo maior do Estado, que verteu no último dia 26 de abril. Além deles, outros 35 têm volume acima de 90%.

Açudes sangrando no Ceará

Acaraú Mirim, em Massapê

Arrebita, em Forquilha

Jenipapo, em Meruoca

Sobral, em Sobral

Caldeirões, em Saboeiro

Orós, em Orós

Diamantino II, em Marco

Gangorra, em Granja

Itaúna, em Granja

Tucunduba, em Senador Sá

Várzea da Volta, em Moraújo

Caxitoré, em Uruoca

Frios, em Umirim

Itapajé, em Itapajé

Mundaú, em Uruburetama

Poço Verde, em Itapipoca

Quandú, em Itapipoca

Amanary, em Maranguape

Aracoiaba, na cidade de mesmo nome

Cauhipe, em Caucaia

Germinal, em Pacoti

Pacajus, na cidade de mesmo nome

Pesqueiro, em Capistrano

Sítios Novos, em Caucaia

Tijuquinha, em Baturité

Olho d'Água, em Várzea Alegre

Rosário, em Lavras da Mangabeira

Situação dos açudes por região - O balanço da situação hídrica do Estado reflete também a distribuição irregular das chuvas entre fevereiro e maio. Algumas bacias hidrográficas estão cheias com mais de 90% da capacidade total, enquanto outras amargam volumes próximos a 30%.
Essa possibilidade já havia sido adiantada pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), durante a divulgação do prognóstico da quadra chuvosa, em fevereiro. O órgão informou que havia maior tendência de precipitações ao Norte do Ceará, enquanto o Sul teria menores acumulados.
A bacia do Litoral, que inclui açudes como Quandú e Mundaú, está com a situação mais confortável entre as 12, com 98,7% do volume. No outro extremo, com apenas 20,3% da capacidade preenchida, está a bacia do Sertão de Crateús, incluindo açudes quase secos.
Os três “gigantes” cearenses - Castanhão, Orós e Banabuiú
- também têm cenários distintos mostrados pelo monitoramento da Cogerh nesta sexta-feira (30). Enquanto um deles, o Orós, sangra, os outros têm volumes bem mais baixos.
O Castanhão
, maior do Estado, no Médio Jaguaribe, está com 29,7% da capacidade cheia. O pico de volume deste ano foi 30%, neste mês de maio.
Já o Banabuiú, terceiro maior do Ceará, tem 36,7% deste volume preenchidos. Apesar disso, o valor é o maior registrado em 2025.

Balanço da quadra chuvosa - A previsão de que as chuvas ficariam dentro da média histórica em 2025 tem se mostrado como tendência no Estado. Como o período vai oficialmente de fevereiro a maio, é preciso aguardar os dados consolidados do último mês.
Contudo, ao contrário de 2024, as chuvas foram mais escassas neste ano. Em fevereiro, dos 121,3 mm de média, choveu 124,2 mm, um leve desvio positivo de 2,4%. Em março, mês historicamente mais chuvoso do Estado, o acumulado foi de 205,1 mm - praticamente igual à média, de 206,5 mm.
Abril, por outro lado, teve situação mais negativa: dos 190,7 mm “esperados”, choveu 120 mm, 37,1% abaixo da média, pior resultado em 8 anos.

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