Açude Orós sangrou em 2025 após 14 anos, reflexo do bom aporte durante a quadra chuvosa do Ceará neste ano.
Com chuvas até agora dentro da média nos meses da quadra
chuvosa, fevereiro a maio, o Ceará tem um retrato positivo nos
157 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).
Nesta sexta-feira (30), 55% do volume total deles estão preenchidos.
O Estado tem, no momento, 27 reservatórios sangrando (veja lista abaixo), ou seja, que atingiram a capacidade máxima. Entre eles está o Orós, o segundo maior do
Estado, que verteu no último dia 26 de abril. Além deles, outros 35 têm
volume acima de 90%.
Açudes sangrando no Ceará
Acaraú Mirim, em Massapê
Arrebita, em Forquilha
Jenipapo, em Meruoca
Sobral, em Sobral
Caldeirões, em Saboeiro
Orós, em Orós
Diamantino II, em Marco
Gangorra, em Granja
Itaúna, em Granja
Tucunduba, em Senador
Sá
Várzea da Volta, em
Moraújo
Caxitoré, em Uruoca
Frios, em Umirim
Itapajé, em Itapajé
Mundaú, em Uruburetama
Poço Verde, em
Itapipoca
Quandú, em Itapipoca
Amanary, em Maranguape
Aracoiaba, na cidade de
mesmo nome
Cauhipe, em Caucaia
Germinal, em Pacoti
Pacajus, na cidade de
mesmo nome
Pesqueiro, em
Capistrano
Sítios Novos, em
Caucaia
Tijuquinha, em Baturité
Olho d'Água, em Várzea
Alegre
Rosário, em Lavras da
Mangabeira
Situação dos açudes por região - O balanço da situação hídrica do Estado reflete também a distribuição
irregular das chuvas entre fevereiro e maio. Algumas bacias hidrográficas estão
cheias com mais de 90% da capacidade total, enquanto outras amargam volumes
próximos a 30%.
Essa possibilidade já havia sido adiantada pela Fundação Cearense de
Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), durante a divulgação do prognóstico
da quadra chuvosa, em fevereiro. O órgão informou que havia maior tendência de
precipitações ao Norte do Ceará, enquanto o Sul teria menores acumulados.
A bacia do Litoral, que inclui açudes como Quandú e Mundaú, está com a
situação mais confortável entre as 12, com 98,7% do volume. No outro extremo,
com apenas 20,3% da capacidade preenchida, está a bacia do Sertão de Crateús,
incluindo açudes quase secos.
Os três “gigantes” cearenses - Castanhão, Orós e Banabuiú - também têm
cenários distintos mostrados pelo monitoramento da Cogerh nesta sexta-feira
(30). Enquanto um deles, o Orós, sangra, os outros têm volumes bem mais baixos.
O Castanhão, maior do Estado, no Médio Jaguaribe, está com 29,7% da
capacidade cheia. O pico de volume deste ano foi 30%, neste mês de maio.
Já o Banabuiú, terceiro maior do
Ceará, tem 36,7% deste volume preenchidos. Apesar disso, o valor é o maior
registrado em 2025.
Balanço da quadra chuvosa - A previsão de que as chuvas ficariam dentro da média histórica em 2025
tem se mostrado como tendência no Estado. Como o período vai oficialmente de
fevereiro a maio, é preciso aguardar os dados consolidados do último mês.
Contudo, ao contrário de 2024, as chuvas foram mais escassas neste ano. Em
fevereiro, dos 121,3 mm de média, choveu 124,2 mm, um leve desvio positivo de
2,4%. Em março, mês historicamente mais chuvoso do Estado, o acumulado foi de
205,1 mm - praticamente igual à média, de 206,5 mm.
Abril, por outro lado, teve situação mais negativa: dos 190,7 mm “esperados”,
choveu 120 mm, 37,1% abaixo da média, pior resultado em 8 anos.
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