quarta-feira, 28 de maio de 2025

GRUPO DE EXTERMÍNIO - PF mira grupo que espionava e planejava assassinatos de autoridades com tabela de preços

O ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, era um dos alvos

A Polícia Federal (PF) revelou nesta quarta-feira (28) a existência de uma organização criminosa estruturada para cometer assassinatos por encomenda e monitoramento ilegal de autoridades. Formado por militares da ativa, da reserva e civis, o grupo mantinha uma agência clandestina de espionagem extermínio, com atuação em diferentes estados do país. Cinco mandados de prisão foram cumpridos nesta fase da operação, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin.
A investigação teve início após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, morto a tiros em Mato Grosso. No celular da vítima, os investigadores encontraram registros de negociações envolvendo venda de sentenças judiciais, com menções a juízes de diversos tribunais e gabinetes de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). As apurações apontaram para a existência de uma facção com atuação paralela, voltada ao homicídio de alvos selecionados.
O grupo operava com métodos sofisticados. Utilizava drones e prostitutas para espionar adversários e mantinha uma tabela de preços conforme o perfil da vítima: R$ 50 mil por pessoas comuns, R$ 100 mil por deputados, R$ 150 mil por senadores e ministros do STJ, e R$ 250 mil por ministros do STF.
Chamado internamente de "Comando C4" - sigla para "Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos" -, o grupo tinha entre seus alvos o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), classificado em anotações como "alvo de interesse". Segundo a PF, ainda não está claro se havia um plano de execução ou apenas monitoramento, mas o material apreendido indica vigilância sistemática sobre autoridades dos Três Poderes.

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