Os dois crimes tiveram 25 dias de diferença - A mulher foi morta no dia 5 de abril deste ano e o homem, no dia 30 de abril.
Vinícius Cunha Batista e Maria Madalena Marques Matsunobu
Um policial militar
preso por suspeita de participar do assassinato do empresário Vinícius Cunha Batista, de 47 anos, em
Fortaleza, também é investigado pelo homicídio da servidora pública da
Prefeitura do Eusébio, Maria Madalena
Marques Matsunobu, de 64 anos.
Os dois crimes tiveram 25 dias de diferença. A mulher foi morta no dia 5 de
abril deste ano, no Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), e o
homem, no dia 30 de abril, na Capital.
O cabo da Polícia Militar do Ceará (PMCE) Rodrigo
Aguiar Braga é suspeito de participar dos dois homicídios. O militar está
preso desde o dia 9 de maio último, em razão de um mandado de prisão relacionado
à morte de Vinícius Batista.
A investigação do assassinato de Maria Madalena Matsunobu é tratada como
sigilosa pela Polícia Civil. A Delegacia Metropolitana de Eusébio avança nas
apurações para chegar ao mandante e à motivação do crime.
45 dias se passaram entre a morte de Maria Madalena e a informação da suspeita
de que um PM teria participado do crime.
Como Maria Madalena foi morta - Uma mulher de 64 anos teve a casa invadida e foi assassinada a tiros,
enquanto dormia, na madrugada de 5 de abril último, no Eusébio, Região
Metropolitana de Fortaleza.
Maria Madalena Marques Matsunobu era funcionária da Secretaria da Cultura
do Eusébio e presidente da Associação de Artesãos do Eusébio (Aarte). Ela
morava sozinha.
A ação criminosa foi silenciosa: o criminoso arrombou a porta da casa, foi
até o quarto da mulher e efetuou os disparos para matá-la. Depois, ele fugiu.
Na manhã seguinte,
familiares e amigos estranharam a falta de comunicação de Maria Madalena e
foram até a residência. O portão estava aberto, com sinais de arrombamento, e a
mulher já estava morta, na cama onde dormia.
Como Vinícius Batista foi assassinado - Dono de uma rádio no Interior, o empresário Vinícius Cunha Batista saía
de uma padaria quando foi abordado por criminosos, na manhã do dia 30 de abril
deste ano. O crime aconteceu no bairro Luciano Cavalcante, em Fortaleza. No
local, foram encontradas munições calibre 380.
No dia 9 de maio, o governador Elmano de Freitas anunciou que três
policiais militares foram presos por suspeita de participarem do crime.
0s PMs presos foram os soldados Rebeca
Júlia de Almeida Canuto e Wellington Xavier de Farias e o cabo Rodrigo Aguiar
Braga.
O soldado Wellington Farias responde criminalmente por um duplo homicídio e
tortura, com desaparecimento de vítima, enquanto o cabo Rodrigo Aguiar tem
antecedentes criminais por tentativa de homicídio e participação no motim de
PMs, no ano de 2020.
Outro crime - Na ficha do cabo
Rodrigo Aguiar Braga consta uma tentativa de homicídio ocorrida em Fortaleza,
na mesma região na qual o empresário foi assassinado. De acordo com a
investigação, no ano de 2020, Rodrigo foi contratado pelo ex-chefe da vítima
para cometer o homicídio.
A vítima, de identidade preservada, estava em uma oficina, quando dois
homens armados desembarcaram de um carro e atiraram. O sobrevivente reconheceu
o PM Aguiar como um dos autores do disparo. O processo segue em andamento.
Ainda no ano de 2020, segundo a acusação, Rodrigo foi fotografado, fardado,
no 18º BPM, no bairro Antônio Bezerra, participando do motim.
Já a soldado Rebeca Almeida chegou a ser investigada no ano passado por um
extravio de arma de fogo e munições de um militar, na Caucaia. Recentemente, a
Justiça Militar decretou extinta a punibilidade neste caso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário