terça-feira, 20 de maio de 2025

PM preso por morte de empresário em Fortaleza é investigado por matar servidora pública no Eusébio

Os dois crimes tiveram 25 dias de diferença - A mulher foi morta no dia 5 de abril deste ano e o homem, no dia 30 de abril.

Vinícius Cunha Batista e Maria Madalena Marques Matsunobu

Um policial militar preso por suspeita de participar do assassinato do empresário Vinícius Cunha Batista, de 47 anos, em Fortaleza, também é investigado pelo homicídio da servidora pública da Prefeitura do Eusébio, Maria Madalena Marques Matsunobu, de 64 anos.
Os dois crimes tiveram 25 dias de diferença. A mulher foi morta no dia 5 de abril deste ano, no Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), e o homem, no dia 30 de abril, na Capital.
O cabo da Polícia Militar do Ceará (PMCE) Rodrigo Aguiar Braga é suspeito de participar dos dois homicídios. O militar está preso desde o dia 9 de maio último, em razão de um mandado de prisão relacionado à morte de Vinícius Batista.
A investigação do assassinato de Maria Madalena Matsunobu é tratada como sigilosa pela Polícia Civil. A Delegacia Metropolitana de Eusébio avança nas apurações para chegar ao mandante e à motivação do crime.
45 dias se passaram entre a morte de Maria Madalena e a informação da suspeita de que um PM teria participado do crime.

Como Maria Madalena foi morta - Uma mulher de 64 anos teve a casa invadida e foi assassinada a tiros, enquanto dormia, na madrugada de 5 de abril último, no Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza.
Maria Madalena Marques Matsunobu era funcionária da Secretaria da Cultura do Eusébio e presidente da Associação de Artesãos do Eusébio (Aarte). Ela morava sozinha.
A ação criminosa foi silenciosa: o criminoso arrombou a porta da casa, foi até o quarto da mulher e efetuou os disparos para matá-la. Depois, ele fugiu.
Na manhã seguinte, familiares e amigos estranharam a falta de comunicação de Maria Madalena e foram até a residência. O portão estava aberto, com sinais de arrombamento, e a mulher já estava morta, na cama onde dormia.

Como Vinícius Batista foi assassinado - Dono de uma rádio no Interior, o empresário Vinícius Cunha Batista saía de uma padaria quando foi abordado por criminosos, na manhã do dia 30 de abril deste ano. O crime aconteceu no bairro Luciano Cavalcante, em Fortaleza. No local, foram encontradas munições calibre 380.
No dia 9 de maio, o governador Elmano de Freitas anunciou que três policiais militares foram presos por suspeita de participarem do crime.
0s PMs presos foram os soldados Rebeca Júlia de Almeida Canuto e Wellington Xavier de Farias e o cabo Rodrigo Aguiar Braga.
O soldado Wellington Farias responde criminalmente por um duplo homicídio e tortura, com desaparecimento de vítima, enquanto o cabo Rodrigo Aguiar tem antecedentes criminais por tentativa de homicídio e participação no motim de PMs, no ano de 2020.

Outro crime - Na ficha do cabo Rodrigo Aguiar Braga consta uma tentativa de homicídio ocorrida em Fortaleza, na mesma região na qual o empresário foi assassinado. De acordo com a investigação, no ano de 2020, Rodrigo foi contratado pelo ex-chefe da vítima para cometer o homicídio.
A vítima, de identidade preservada, estava em uma oficina, quando dois homens armados desembarcaram de um carro e atiraram. O sobrevivente reconheceu o PM Aguiar como um dos autores do disparo. O processo segue em andamento.
Ainda no ano de 2020, segundo a acusação, Rodrigo foi fotografado, fardado, no 18º BPM, no bairro Antônio Bezerra, participando do motim.
Já a soldado Rebeca Almeida
chegou a ser investigada no ano passado por um extravio de arma de fogo e munições de um militar, na Caucaia. Recentemente, a Justiça Militar decretou extinta a punibilidade neste caso.

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