sexta-feira, 13 de junho de 2025

Homem é morto a tiro após tentar agredir policiais no interior do Ceará

Família alega que a vítima era diagnosticada com esquizofrenia e havia levado um tapa na cabeça de um dos agentes.

Policiais estavam realizando uma abordagem quando o homem tentou agredir os agentes

Um homem foi morto com um tiro disparado por um policial militar após tentar agredir três agentes no Bairro Araçá, na zona rural de Aurora, no interior do Ceará, na tarde desta quinta-feira (12).
Imagens de uma câmera de segurança mostram que três policiais abordavam um motociclista e um passageiro em via pública.
Durante a ocorrência, um terceiro homem, identificado como Paulo Abel Balbino da Silva, de 35 anos, que observava a cena, tentou passar entre os agentes. Houve um desentendimento e logo em seguida ele tentou atingir os policiais com murros.
Os militares conseguiram se esquivar dos golpes e tentaram se afastar do homem, porém, ele correu na direção de um dos PMs, que reagiu e atirou, baleando a vítima.
Uma ambulância foi chamada, mas quando os socorristas chegaram ao endereço, constataram que Paulo já estava sem vida.

Família diz que vítima tinha esquizofrenia

Homem em surto psicótico ataca policiais e morre com tiro de agente

Segundo a família, Paulo tinha diagnóstico de esquizofrenia, tomava remédio controlado, fazia acompanhamento no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e era cuidado pela mãe.
Ele tinha ido até um mercadinho para comprar um salgadinho e quando saiu do estabelecimento, visualizou a abordagem policial.
Conforme Ernandes Balbino da Silva, tio da vítima, a reação agressiva do homem ocorreu após um dos policiais dar um tapa na cabeça dele.
"Eles pediram para o menino [Paulo] não passar, mas ele foi e passou. Aí um dos policiais tacou a mão na cabeça dele e ele tacou também no policial. Isso não é coisa que se faça, ninguém esperava um negócio desses. Era um rapaz direito, não bebia, não fumava, não usava droga. Não caçava confusão com ninguém. Aí saiu para comprar um lanche e aconteceu um negócio desse".
A família de Paulo contesta a ação da polícia e questiona o motivo dos disparos, já que Paulo não estava armado.
"Muita covardia o que fizeram com o meu filho, não tinha precisão. Se ele tivesse feito alguma coisa errada que algemassem ele, não precisa atirar. Eram muitos e nem arma ele tinha, que tivessem levado ele para a delegacia",
disse Maria Zuleide Santos Silva, mãe da vítima.

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