Anastácio Paiva Pereira é apontado como um dos principais chefes do Comando Vermelho no Ceará, sendo acusado de enviar armas e drogas para vários municípios.
Anastácio Paiva Pereira,
o "Doze" ou "Paulinho Maluco", de 36 anos, está
escondido na Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, e é um dos mais procurados
do Ceará
Antes de entrar na mira das polícias
fluminenses, Anastácio Paiva Pereira, o
“Doze” ou “Paulinho Maluco”, de 36 anos, já era um velho conhecido das
Forças de Segurança do Ceará. Apontado como um dos “conselheiros permanentes” da facção criminosa Comando Vermelho (CV)
no Estado, ele é acusado de fornecer armas e drogas a diversos municípios
cearenses, sobretudo, da Região Norte, além de ordenar homicídios e expulsão de
moradores. Ipu, Guaraciaba do Norte,
Santa Quitéria, Fortaleza, Caucaia, Sobral, Nova Russas e Croatá são alguns
dos municípios nos quais Anastácio teria influência, conforme o inquérito
policial nº 458-109/2021, da Delegacia Municipal de Guaraciaba do Norte.
Ele também apareceu na operação Concórdia, deflagrada em 2024, enviando uma
quantia em dinheiro via pix a um vereador de Monsenhor Tabosa para que este
transportasse drogas ao município. Anastácio também é conhecido pelo
envolvimento na política de Santa Quitéria, município do qual é natural. Esse
apoio teria sido decisivo para que José
Braga Barrozo, o Braguinha (PSB), fosse eleito em 2020 e 2024, conforme a
Polícia Civil do Ceará. Por isso, o Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu e
a Justiça Eleitoral deferiu a cassação de seu mandado. Braguinha chegou a ser
preso no início deste ano acusado de envolvimento com o traficante, mas
conseguiu ter a prisão preventiva convertida para domiciliar. Em 2020,
Anastácio havia sido apontado como mandante de um plano que visava matar o
então prefeito e candidato à reeleição Tomás Figueiredo (MDB). Quatro pessoas
foram presas suspeitas de terem sido designadas para a prática do crime.
Anastácio é considerado foragido da Justiça cearense desde 2020. Em 21 de
setembro de 2018, ele, que cumpria pena de 15 anos e 2 meses pela prática de
dois roubos em Santa Quitéria, obteve a progressão para o regime aberto.
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