O empresário, preso por outros crimes, também é apontado como 'laranja' do prefeito cassado de Choró, Carlos Alberto Queiroz - que continua foragido - O vereador por Canindé está afastado da função pública
Foto da Operação Sórdida Pecúnia mostra policiais e viaturas da Polícia Civil do Ceará
O empresário Maurício Gomes Coelho, conhecido como "MK", o
vereador por Canindé Francisco Geovane Gonçalves, o chefe de facção criminosa
Guardiões do Estado (GDE) Francisco Flavio Silva Ferreira, o
"Bozinho", outras 15 pessoas foram denunciadas pelo Ministério
Público do Ceará (MPCE) por integrar uma organização criminosa que pratica o
tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro, no Município de Canindé, no Interior
do Ceará.
Líder da organização criminosa, "MK" já está preso por outros
crimes e também é apontado como "laranja" do prefeito eleito por
Choró e cassado pela Justiça Eleitoral, Carlos Alberto Queiroz, o "Bebeto
do Choró" - que continua foragido. Já o vereador Geovane Gonçalves foi
afastado do cargo público por 180 dias, na operação deflagrada no último dia 8
de maio.
O grupo foi acusado pela 2ª Promotoria de Justiça de Canindé pelos
crimes de integrar organização criminosa, associação para o tráfico de drogas,
lavagem de dinheiro e falsidade ideológica (conforme a participação individual
de cada acusado), em denúncia apresentada à Justiça Estadual na última
segunda-feira (16).
Conforme as investigações do MPCE, o grupo mantinha uma estrutura
hierárquica consolidada, com divisão de tarefas em núcleos interdependentes e
um núcleo operacional fixo em Canindé, comandado por um empresário do ramo da
construção civil e transporte escolar.
A organização criminosa se dividia em quatro núcleos. O núcleo executor
tinha atuação direta na comercialização de entorpecentes e execução de crimes
violentos na região; o núcleo familiar era formado por parentes diretos do
chefe da quadrilha, que realizava movimentações financeiras em contas bancárias
para dissimular as movimentações financeiras ilícitas.
Já o núcleo empresarial é composto por sócios de empresas utilizadas
para ocultar recursos econômicos; e o núcleo financeiro, integrado por
"laranjas" da quadrilha, que possuíam renda incompatível com as
movimentações financeiras feitas com os seus nomes.
A investigação do Ministério Público identificou ainda que, além de
movimentar grandes somas de dinheiro, a organização criminosa atuava com grau
elevado de violência e com articulação e influência política. A quadrilha é
suspeita de envolvimento em tentativas de homicídio e cooptação de agentes
públicos para participar do esquema criminoso.
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