O ex-prefeito eleito de
Choró (CE), Carlos Alberto Queiroz
Pereira, conhecido como Bebeto do Choró, segue foragido da Justiça após o
ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negar pedido
de habeas corpus que buscava revogar a prisão preventiva expedida contra ele no
âmbito da Operação Vis Oculta, deflagrada em dezembro de 2024.
Bebeto é apontado como líder de uma organização criminosa suspeita de fraudar
licitações, desviar recursos públicos e praticar compra de votos com verbas de
emendas parlamentares. Desde que teve a prisão decretada, ele não foi
localizado pela Polícia Federal.
A defesa alegou que a prisão preventiva perdeu o objeto após a justiça
eleitoral ter cassado o diploma de prefeito e suspendido a posse, tornando sem
efeito a justificativa de risco à ordem pública ou à instrução do processo. Os
advogados também sustentaram ausência de contemporaneidade e ilegalidade na
manutenção da prisão.
Em decisão publicada no STF, Alexandre de Moraes rejeitou os argumentos e negou
a liminar, mantendo a prisão preventiva.
A prisão de Bebeto integra uma série de medidas autorizadas pelo STF que visam
desarticular o grupo, que teria desviado mais de R$ 880 milhões, sendo R$ 214
milhões oriundos de recursos federais. A operação, que tem apoio da
Controladoria-Geral da União (CGU), apura ainda a participação de parlamentares
com foro privilegiado na destinação e execução de emendas parlamentares,
conforme solicitado pelo gabinete de Gilmar Mendes.
Bebeto também já foi condenado pela Justiça Eleitoral por abuso de poder
político e econômico, tendo sido cassado e declarado inelegível por oito anos.
A Polícia Federal segue com as buscas..Bebeto do Choró continua foragido.
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