Delegado dá tapa em mulher após se envolver em acidente de trânsito em Aurora
Momento no qual delegado agride mulher, em 2023
O delegado Paulo Hernesto Pereira Tavares, flagrado em 2023 dando um tapa em uma mulher após se se envolver em um
acidente de trânsito e filmado urinando em uma viatura da Polícia Civil, foi
demitido do cargo por um outro episódio, ocorrido em 2018, no qual ele deu um
tapa em um mecânico e atirou para o alto após uma discussão em um bar.
A decisão da Controladoria Geral dos Órgãos de Segurança (CGD) pela demissão do
delegado foi publicada no dia 14 de junho no Diário Oficial do Estado. Ainda
cabe recurso.
O caso que levou à demissão de Paulo Hernesto ocorreu em dezembro de 2018, no
município do Crato. Conforme o processo, o delegado estava em um bingo na
abertura de um campeonato, com sinais de embriaguez, e passou a discutir com um
mecânico e ameaçá-lo com a arma de fogo.
Depois, Paulo Hernesto chegou a estapear o homem, que reclamou com o dono do
bar. O proprietário pediu para que o delegado fosse embora, momento no qual ele
passou a atirar para o alto antes de deixar o bar.
Em 2020, Paulo Hernesto passou a ser investigado pela CGD devido ao incidente
no bar em 2018, mas continuou no cargo. Em novembro de 2023, quase cinco anos
depois do episódio no Crato, ele se envolveu em um acidente de trânsito no
município de Aurora, após perseguir um adolescente.
Depois do acidente, ele discutiu com moradores, no que foi filmado dando um
tapa em uma mulher. Após ser detido por policiais, ele foi filmado urinando em
uma viatura da Polícia Civil e desacatando os agentes.
Após o episódio de 2023, ele foi afastado do cargo e chegou a ser preso, mas
foi solto em abril de 2024 para responder ao processo em liberdade. À época, o
Ministério Público do Ceará (MPCE) denunciou Paulo Hernesto por seis crimes,
entre eles embriaguez ao volante, ameaça e lesão corporal.
Em julho de 2024, ele foi condenado, em primeira instância, a 9 anos de prisão
e a perda do cargo. A resolução pela demissão de Paulo Hernesto, no entanto,
não está relacionada com esta decisão judicial de 2024, mas sim com o processo
administrativo aberto pela CGD pelo caso de 2018.
O órgão concluiu que Paulo Hernesto cometeu uma série de transgressões
disciplinares, e destacou que quando ocorreu o episódio no bar no Crato, ele
estava há apenas seis meses na Polícia Civil, portanto, em estágio probatório.
A CGD disse que Paulo Hernesto teve comportamentos incompatíveis com o cargo,
exibição desnecessária de arma de fogo, promoção de jogo proibido (bingo) e
abuso do poder. A defesa do delegado pode recorrer da decisão.
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