O corpo do adolescente de 12 anos foi encontrado em uma pedreira depois de dias desaparecido após uma vaquejada.
Thiago Martins, conhecido como "Vaqueirinho", foi
achado morto após dois dias desaparecido
A morte de Thiago Martins, de 12
anos, completa dois meses nesta
semana. Conhecido como Vaqueirinho, o adolescente foi encontrado morto em uma
pedreira na zona rural de Mauriti, no Ceará, no dia 6 de maio. Ele havia
desaparecido três dias antes, após sair para uma vaquejada no município e não
retornar para casa.
Thiago tinha saído de casa na sexta-feira, 2 de maio, a convite de um vizinho
para trabalhar como tratador de animais. Ainda conforme ela, o combinado era de
que o garoto voltaria para casa no domingo, 4 de maio. Só que ele não voltou. A
mãe do jovem conta que entrou em contato com o vizinho por telefone e afirma
que ele não teria falado sobre o sumiço do adolescente.
Horas depois da ligação, Thiago Martins foi encontrado por um primo e um amigo
da família. O corpo estava machucado, e a roupa, rasgada, não sendo a mesma que
ele usava quando saiu de casa na sexta-feira. O laudo cadavérico da Perícia
Forense apontou trauma torácico como causa da morte.
Na nota mais recente sobre o caso, a Polícia Civil informou que segue
investigando as circunstâncias da morte, que o procedimento está a cargo da
Delegacia de Mauriti e sob segredo de Justiça. Nesses dois meses, foram
realizadas oitivas, inclusive do vizinho que havia pedido à família para levar
o garoto à vaquejada. Ninguém foi preso.
Vaquejada é local para menor de
idade - A tragédia envolvendo o
Vaqueirinho de Mauriti chama atenção para a presença de crianças e adolescentes
em vaquejadas, eventos comuns no interior do Ceará e que costumam mobilizar
mais espectadores nesta época do ano. Entre junho e julho, duas das maiores
vaquejadas são realizadas no Cariri, nos municípios de Missão Velha e Juazeiro
do Norte.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), menores de idade só
podem participar de eventos públicos se estiverem acompanhados de responsáveis
ou em caso de autorização dada por um juiz. A mesma lei prevê multa de 3 a 20
salários mínimos para o responsável pelo evento que deixar de observar a
presença de menores de idade de acordo com o que determina o ECA.
A fiscalização deve ser feita pelo Conselho Tutelar, mas o órgão não tem
estrutura para estar presente em todas as vaquejadas.
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