A morte do garoto ocorreu em uma abordagem desastrosa
O único tiro dado ultrapassou o capacete e entrou na nuca do
garoto, saindo no olho esquerdo dele
Na tarde do dia 25 de julho de 2010, o adolescente Bruce
Cristian de Oliveira Sousa, de 14 anos, voltava com o pai, na
garupa de uma moto, após um dia de trabalho, quando foi atingido na cabeça por
um disparo vindo da arma de um policial militar. A morte do garoto ocorreu no
cruzamento da Rua Beni de Carvalho com a Avenida Desembargador Moreira, em
decorrência de uma intervenção policial, em
mais um desfecho trágico de uma abordagem desastrosa.
O caso emblemático que completou 15 anos nesta sexta-feira (25). Na versão
do policial Yuri da Silveira Alves
Batista, responsável pelo disparo e que estava em uma viatura do Ronda do
Quarteirão, foi dada uma ordem de parada devido a uma suspeita, e a dupla na
moto não obedeceu.
O pai de Bruce, o técnico em refrigeração Francisco das Chagas de Oliveira
Sousa, negou ter ouvido qualquer ordem de parada. O único tiro dado
ultrapassou o capacete e entrou na nuca do garoto, saindo no olho esquerdo
dele. Bruce morreu na hora.
O caso causou comoção pública. A Justiça decidiu levar o soldado a Júri
Popular pela morte do estudante. Em 2017, no decorrer do processo e já demitido
da Corporação, Yuri morreu após ser
atropelado por um ônibus, na Avenida Domingos Olímpio, em Fortaleza. Assim,
ficou extinta a punibilidade do réu.
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