sábado, 23 de agosto de 2025

CASO AINDA SEM SOLUÇÃO - Quase um mês após execução de jovem em praça pública de Campos Sales, ninguém foi preso

A falta de resposta das autoridades tem gerado revolta e dor na família da vítima.

Vai completar um mês, no próximo, sábado, dia 31 de agosto, que Cledsley Araújo Benevides Machado (foto), foi executado a tiros em plena praça pública no Centro de Campos Sales, no interior do Ceará. Apesar das imagens de câmeras de segurança que flagraram o momento do crime e da identificação informal do suposto autor, ninguém foi preso até agora. A falta de respostas das autoridades tem gerado revolta e dor na família da vítima, que denuncia lentidão nas investigações e aponta um possível crime passional como motivação.
Segundo familiares, Cledsley foi atraído ao local após receber uma ligação pouco antes do crime - a chamada está registrada no celular, que permanece sob custódia da Delegacia Regional do Crato. O principal suspeito seria o ex-namorado da atual companheira da vítima, conhecido como “Pipoca”, que estaria usando um perfil falso com o nome de “Kayque Mesquita”, mas que, segundo a família, se chama Francisco Filho Pinto, um homicida reincidente. O crime teria sido motivado por desentendimentos anteriores entre eles.
A tensão entre os dois se intensificou após uma briga ocorrida duas semanas antes do homicídio, no Estádio Moraizão, durante uma disputa envolvendo a guarda de um filho da mulher. De acordo com relatos, o suspeito e o irmão da ex-companheira agrediram Cledsley, que reagiu e acabou hospitalizando um dos agressores. “A partir desse dia, ele passou a receber ameaças. Mas mesmo assim, ninguém foi ouvido até agora”, afirma uma fonte ligada à família que preferiu não se identificar.
A mãe da vítima relata que, na noite do crime, Cledsley já se preparava para dormir quando recebeu uma ligação. Ele saiu de casa rapidamente e foi surpreendido por um homem que chegou de moto, correu em sua direção e efetuou diversos disparos antes de fugir. Para a família, o conteúdo da ligação e os dados do celular podem ser cruciais para elucidar quem atraiu a vítima para a emboscada e confirmar os responsáveis pela execução.

Lentidão nas investigações - A lentidão nas investigações é duramente criticada pelos parentes. “O celular ficou 14 dias numa gaveta. Quando os dados foram extraídos, nem ao menos levaram para a delegacia de Campos Sales. Disseram que não tinha delegado. As informações continuam paradas na gaveta”, denuncia a mesma fonte. A irmã da vítima faz um apelo por justiça: “Só choram, só choram. E nada é feito”. Dois filhos de Cledsley, de 11 e 13 anos, agora vivem sem o pai, enquanto a sensação de impunidade aumenta o medo da família.

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