A falta de resposta das autoridades tem gerado revolta e dor na família da vítima.
Vai completar um mês,
no próximo, sábado, dia 31 de agosto, que Cledsley
Araújo Benevides Machado (foto), foi executado a tiros em plena praça
pública no Centro de Campos Sales, no interior do Ceará. Apesar das imagens de
câmeras de segurança que flagraram o momento do crime e da identificação
informal do suposto autor, ninguém foi preso até agora. A falta de respostas
das autoridades tem gerado revolta e dor na família da vítima, que denuncia
lentidão nas investigações e aponta um
possível crime passional como motivação.
Segundo familiares, Cledsley foi atraído ao local após receber uma ligação
pouco antes do crime - a chamada está registrada no celular, que permanece sob
custódia da Delegacia Regional do Crato. O principal suspeito seria o
ex-namorado da atual companheira da vítima, conhecido como “Pipoca”, que estaria usando um perfil
falso com o nome de “Kayque Mesquita”,
mas que, segundo a família, se chama Francisco
Filho Pinto, um homicida reincidente. O crime teria sido motivado por
desentendimentos anteriores entre eles.
A tensão entre os dois se intensificou após uma briga ocorrida duas semanas
antes do homicídio, no Estádio Moraizão, durante uma disputa envolvendo a
guarda de um filho da mulher. De acordo com relatos, o suspeito e o irmão da
ex-companheira agrediram Cledsley, que reagiu e acabou hospitalizando um dos
agressores. “A partir desse dia, ele passou a receber ameaças. Mas mesmo assim,
ninguém foi ouvido até agora”, afirma uma fonte ligada à família que preferiu
não se identificar.
A mãe da vítima relata que, na noite do crime, Cledsley já se preparava
para dormir quando recebeu uma ligação. Ele saiu de casa rapidamente e foi
surpreendido por um homem que chegou de moto, correu em sua direção e efetuou
diversos disparos antes de fugir. Para a família, o conteúdo da ligação e os
dados do celular podem ser cruciais para elucidar quem atraiu a vítima para a
emboscada e confirmar os responsáveis pela execução.
Lentidão nas investigações - A lentidão nas investigações é duramente criticada pelos parentes. “O celular ficou 14 dias numa gaveta. Quando os dados foram extraídos, nem ao menos levaram para a delegacia de Campos Sales. Disseram que não tinha delegado. As informações continuam paradas na gaveta”, denuncia a mesma fonte. A irmã da vítima faz um apelo por justiça: “Só choram, só choram. E nada é feito”. Dois filhos de Cledsley, de 11 e 13 anos, agora vivem sem o pai, enquanto a sensação de impunidade aumenta o medo da família.
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