José Milson Teixeira e Pinho foi condenado ao pagamento de multa no valor de R$ 10 mil após ação ajuizada pelo Ministério Público do Ceará.
Ex-delegado é condenado a multa de R$ 10 mil por liberar
veículos apreendidos sem autorização
O ex-delegado de Santa Quitéria, José Milson Teixeira e Pinho, foi condenado ao pagamento de multa no valor de R$ 10 mil por
improbidade administrativa. A sentença tem como base uma ação movida pelo
Ministério Público do Ceará (MPCE), que apontou uma série de irregularidades
cometidas pelo então agente público enquanto comandava a delegacia do
município.
Entenda > Improbidade administrativa é a
prática de atos ilegais ou antiéticos por agentes públicos que violam os
princípios da administração pública, como honestidade, legalidade e
imparcialidade. Esses atos podem envolver desde favorecimentos indevidos e
fraudes até omissão de deveres e má gestão de recursos. Mesmo que não causem
prejuízo financeiro direto, podem ser punidos se representarem uma violação
relevante ao interesse público.
De acordo com o MPCE,
José Milson autorizou, sem ordem judicial, a liberação de veículos que estavam
apreendidos. Em um dos casos, ele teria liberado um automóvel envolvido em um
homicídio culposo no trânsito, mesmo com o processo ainda em tramitação na
Justiça, o que comprometeu o andamento da ação penal.
Entre as condutas ilegais atribuídas ao ex-delegado estão:
A devolução de bens
apreendidos sem autorização judicial
Registros vagos e
irregulares nos livros de controle da delegacia
A liberação de veículos
identificados apenas pelo modelo, sem abertura de inquérito ou realização de
perícia.
A ação civil pública foi ajuizada pelo MPCE em 28 de maio de 2014, e a
condenação foi divulgada na última quinta-feira (14).
Delegacia em situação de abandono - Durante inspeção realizada pela Promotoria, foram identificadas diversas
falhas administrativas na unidade policial sob responsabilidade de José Milson.
A delegacia apresentava sinais de abandono, especialmente no que diz respeito à
gestão documental e patrimonial.
Os veículos apreendidos estavam desorganizados, em mau estado de
conservação, e não havia livro de controle de entrada e saída. Armas e
equipamentos foram encontrados largados no chão do gabinete do delegado, sem
qualquer registro de envio ou recebimento para perícia.
Além disso, diversos objetos apreendidos não estavam vinculados a
investigações, boletins de ocorrência estavam arquivados sem qualquer
encaminhamento e foram encontradas bebidas alcoólicas no interior do gabinete
funcional.
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