Os militares se tornaram réus após denúncia feita pelo Gaeco
A organização criminosa formada por policiais
militares, desarticulada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) durante
a Operação Kleptonomos, no final de julho, tinha como
líder um cabo da Polícia Militar do Ceará. Segundo a denúncia, era Alisson
Pinto Silva quem dava as ordens, inclusive a militares de patentes
superiores, como sargentos e até um subtenente. A
constatação é do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações
Criminosas (Gaeco), do MPCE que denunciou 16 policiais militares por
fazerem parte de um esquema de corrupção e extorsão.
O Cabo Alisson era o responsável por repassar as ordens ao grupo, investigado
por executar os comandos do "chefe",
em troca de propina.
A organização criminosa tinha um grupo no aplicativo WhatsApp, por onde a
comunicação para articular os crimes era feita. Os policiais militares são
acusados de integrar organização criminosa; colaborar, como informante do
grupo, organização ou associação destinada a praticar tráfico de drogas; e
corrupção passiva, segundo denúncia do MPCE.
As investigações foram iniciadas em 2022, motivadas por uma denúncia anônima;
durante os trabalhos ficou comprovado que os policiais militares ofereciam
proteção aos criminosos de uma facção, em troca de propina. Além disso, o grupo
é suspeito de extorquir traficantes de facções rivais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário