quinta-feira, 28 de agosto de 2025

PM é investigado após balear na cabeça preso que estava algemado e tentou fugir

Carlos Ritchely de Souza Lopes teria sido atingido após tentar fugir correndo no momento em que o xadrez da viatura foi aberto - Ele morreu no IJF.

A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) instaurou conselho de disciplina para apurar a conduta do policial militar André Luiz Almeida de Oliveira. Ele é investigado por balear Carlos Ritchely de Souza Lopes, de 34 anos, na cabeça no dia 24 de julho passado - o homem viria a morrer um dia depois. Carlos Ritchely havia sido preso em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, por força de mandado de prisão preventiva. Ele estava algemado e teria tentado fugir correndo após desembarcar da viatura, já em frente à Delegacia de Capturas e Polinter (Decap), para onde era conduzido pelos PMs.
A portaria de instauração do conselho de disciplina foi publicada na edição desta quarta-feira, 27, do Diário Oficial do Estado. O texto informa que Carlos Ritchely chegou a ser socorrido ao Instituto Dr. José Frota (IJF), mas não resistiu. Já o cabo Almeida apresentou-se espontaneamente após a ocorrência à Coordenadoria de Polícia Judiciária Militar e Disciplina (CPJMD/PMCE), tendo sido liberado em seguida. Por meio do 34º Distrito Policial, a Polícia Civil do Ceará (PC-CE) instaurou inquérito para investigar o caso. Os PMs que integravam a composição que, ao lado de Almeida, conduzia Carlos Ritchely, afirmaram que havia sido o cabo o encarregado de abrir o xadrez da viatura para entregar o preso à Decap.          
Conforme os depoimentos, Carlos Ritchely correu após a abertura da porta. O subtenente que comandava a equipe afirmou ter ouvido apenas um tiro. Ele acrescentou que acredita que Carlos Ritchely veio a cair a uma distância de 10 metros da viatura. Após o disparo, os PMs disseram ter colocado o preso na parte de trás da viatura e o encaminhado imediatamente ao IJF.
Vítima respondia por tentativa de homicídio. Contra Carlos Ritchely, havia um mandado decorrente de condenação não transitada em julgado. Ele havia sido sentenciado a 10 anos, 2 meses e 12 dias de prisão por uma tentativa de homicídio ocorrida em 1º de agosto de 2009.

Nenhum comentário:

Postar um comentário