Os policiais estranharam a pichação da facção PCC próximo aos
corpos das vítimas da chacina e não garantem o envolvimento da organização
criminosa na matança
As investigações
iniciais sobre a chacina registrada em Itapajé, no Interior do Ceará, na última
quinta-feira (31), apontam que as vítimas eram integrantes da facção carioca
Comando Vermelho (CV) e teriam sido atraídas para uma emboscada. Ninguém foi
preso por participação na matança, até agora.
As vítimas são jovens do sexo masculino (com idades entre 17 e 22 anos), que
trajavam blusas longas e calças jeans, além de utilizarem balaclavas, quando
foram assassinadas.
As vítimas foram identificadas como
Carlos Alexandre Alves
de Souza, de 22 anos
Emerson Gomes Soares,
19 anos
Jonas Matheus dos
Santos, 21
E um adolescente de 17 anos (identidade preservada em razão
da menoridade).
Os quatro corpos foram encontrados com marcas de
disparos de arma de fogo no bairro Esmerino Gomes. Entretanto, a Polícia não
encontrou munições deflagradas no local, o que indica a possibilidade de que os
tiros podem ter sido efetuados em outro lugar e os cadáveres deslocados até
aquele bairro. Outra hipótese investigada é de que os atiradores podem ter recolhido
as cápsulas dos locais.
A Polícia acredita que as vítimas foram atraídas para uma emboscada, em um
lugar onde foram surpreendidos e assassinados pelos criminosos.
Apesar da Rua ter muros pichados pela facção rival Primeiro Comando da Capital
(PCC), a autoria da chacina ainda é investigada. Os policiais estranharam a
pichação próximo aos corpos das vítimas e não garantem o envolvimento da
organização criminosa com a matança. Há linhas de investigação para o PCC, para
o próprio CV e para outros grupos criminosos que atuam em Itapajé.
Dos quatro mortos, apenas Emerson Gomes respondia a um processo criminal por
uso de entorpecente após ser preso com 5 gramas de cocaína em Itapajé. Ele foi
condenado, mas teve a punibilidade extinta por ter cumprido seis meses de
medidas cautelares com uso de tornozeleira eletrônica.
Chacina ocorrida há sete anos - O Município de Itapajé foi palco de outra chacina, há mais de sete anos.
Dez detentos foram mortos durante o banho de sol, na Cadeia Pública de Itapajé,
na manhã de 29 de janeiro de 2018.
As investigações policiais apontaram que a chacina foi motivada por uma
briga entre as facções criminosas Comando Vermelho e Primeiro Comando da
Capital. Apenas um agente penitenciário atuava na Unidade no momento dos
assassinatos.
Sete acusados de participarem da chacina foram condenados pela Justiça
Estadual a uma pena somada que ultrapassa 1.350 anos de prisão, em abril de
2022, em um julgamento que durou mais de 21 horas.
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