terça-feira, 30 de setembro de 2025

Alunos mortos em escola de Sobral e atiradores eram membros de facções rivais

O crime ocorreu no dia 25 de setembro e deixou dois mortos e três feridos na Escola Estadual Luiz Felipe, em Sobral.

Estudantes ficaram em pânico após ataque a tiros em Sobral

O ataque a tiros em uma escola de Sobral que deixou dois adolescentes mortos e três feridos tem o conflito entre facções criminosas da região como motivação. O crime ocorreu no dia 25 de setembro na Escola Estadual Luiz Felipe. Um suspeito foi preso por participação no crime, e a polícia segue procurando o segundo homem.
O inquérito policial aponta que Bruno Amorim Rodrigues, o primeiro suspeito preso, pertence a um grupo criminoso rival ao de Victor Guilherme Sousa de Aguiar (vulgo 'VG'), uma das vítimas do ataque.
O documento ainda aponta que Bruno foi "decretado" pelo Comando Vermelho (CV) ao abandonar a facção e se aliar ao grupo rival Primeiro Comando da Capital (PCC). "Decretado", na linguagem dos criminosos, significa que ele passou a ser jurado de morte.
Já VG, de 16 anos, tinha envolvimento com o CV, conforme o inquérito policial. No entanto, ainda não é possível afirmar se ele era "batizado" (reconhecido pelos chefes da facção como membro) ou se era apenas próximo de criminosos. Com o jovem, foi encontrada uma mochila com drogas e uma balança de precisão. De acordo com o inquérito, Victor era um fornecedor de drogas na escola.
Em seu depoimento, Bruno Amorim negou que teria envolvimento com o ataque na escola. Ele disse que estava com sua esposa em casa na hora do crime. No entanto, ao ser procurando pelos policiais, Bruno pulou o muro de casa e se escondeu na casa de uma vizinha.
Os agentes encontraram Bruno escondido sob um lençol no canto de um cômodo da residência. Ao ser perguntado sobre a fuga, o homem disse que "não sabe justificar o motivo do medo".
Ainda de acordo com inquérito policial, a motocicleta utilizada no crime foi roubada sete dias antes do ataque e teve os pneus modificados. O ataque ocorreu durante o intervalo de aula e os alunos fumavam maconha quando foram surpreendidos.
Ainda não há informações sobre quem pilotava o veículo. Conforme o documento da polícia, o grupo de alunos baleados, junto com outros estudantes (que fugiram a tempo), ficavam naquela localização na hora do recreio para consumir drogas.

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