Traficante foi morto em operação emergencial da Polícia Civil nesta sexta - Contra ele havia três mandados de prisão, e moradores relatavam violência e medo.
Edmilson Marques de Oliveira, conhecido como Cria ou Di Ferro
Edmilson Marques de Oliveira, conhecido como Cria ou Di Ferro, apontado como chefe do Terceiro Comando Puro (TCP) no Complexo da Maré,
na Zona Norte do Rio de Janeiro, tinha 200 anotações criminais e, segundo
investigações, comandava um "tribunal
do tráfico" que determinava execuções na região.
Cria foi morto nesta sexta-feira (26) durante uma operação emergencial da
Polícia Civil. Contra ele, havia três mandados de prisão em aberto. Um dos
crimes que segundo a polícia tiveram a participação de Edimilson foi o ataque
que culminou na morte de dois PMs do Bope em 2024.
Cria havia assumido o comando do TCP em maio, após a morte de Thiago da Silva
Folly, o TH, em ação do Bope.
Nesta sexta, a polícia informou que identificou movimentação de criminosos da
Maré retomar do Comando Vermelho (CV) o Morro dos Macacos, em Vila Isabel, e
enviou equipes para impedir confrontos. Houve troca de tiros, e Cria acabou morto.
Na última semana, o traficante aparece
em imagens celebrando uma aliança entre o TCP e a facção Guardiões do Estado
(GDE), do Ceará. Nas imagens, ele está de camisa branca e encapuzado,
empunhando um fuzil, cercado por pelo menos 20 homens armados.
Traficante era violento e temido - Segundo investigadores e moradores da comunidade, Cria era temido na região
e chegou a cometer homicídios por motivos banais. Ele vinha sendo monitorado há
meses pelas forças de segurança.
Segundo relatos de moradores, a ascensão de Cria na Maré foi marcada por
episódios de violência. Eles afirmam que o traficante mandou executar pessoas
na comunidade, o que aumentou o clima de medo e reforçou a rejeição ao seu
comando.
Uma das histórias mais citadas por moradores da Maré envolve a morte de um
homem que teria derrotado Cria em um jogo de cartas. Após uma discussão, o
traficante determinou que ele ficasse em casa, em uma espécie de prisão
domiciliar. Dias depois, quando o homem saiu à rua, Cria foi avisado e o
executou.
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