quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Condenado por matar amigo foge do fórum durante julgamento que o sentenciou a 15 anos de prisão

 Crime aconteceu em 2022 em Ararendá, no interior do Ceará, durante uma confusão motivada por disputa de paredões de som

Antônio Jonas de Araújo Chaves (à esquerda) foi morto a tiros por Sandro Carlos Rodrigues, o "Sandro do Paredão" (à direita) durante uma confusão motivada por disputa entre paredões de som

Um homem acusado de matar um amigo a tiros fugiu do Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza, na última terça-feira (23), momentos após ser condenado a 15 anos, 5 meses e 7 dias de prisão em regime inicialmente fechado por homicídio qualificado.
O crime ocorreu em dezembro de 2022, durante um evento em Ararendá, no interior do Ceará. De acordo com a sentença, Sandro Carlos Rodrigues, conhecido como "Sandro do Paredão", atirou em Antônio Jonas de Araújo Chaves, o "Jonas Arnôr", de 30 anos, durante uma discussão motivada por uma disputa por paredões de som.
Sandro estava no plenário durante toda a sessão, mas se ausentou no momento em que as partes se dirigiram à sala secreta para votação da sentença.
Após a fuga do fórum, a Justiça expediu um mandado de prisão contra o condenado, que é procurado pela polícia.
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que desde maio o homem era monitorado por tornozeleira eletrônica, que foi rompida no mesmo dia que o réu saiu do fórum sem ser visto.

Julgamento e motivação do crime

Sandro Carlos Rodrigues, o "Sandro do Paredão", fugiu do Fórum Clóvis Beviláqua, durante o julgamento pela morte do amigo

O julgamento foi transferido de Crateús para a capital, Fortaleza, por meio de um recurso legal conhecido como desaforamento. Esse procedimento, decidido pelo Tribunal de Justiça, é usado quando há receio de que não seja possível realizar um julgamento imparcial ou seguro na cidade original do crime (no caso, Ararendá, que faz parte da Comarca de Crateús, cidade próxima).
O Conselho de Sentença reconheceu como agravantes o motivo fútil e o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. A sentença destaca que, além de surpreender o amigo com quem se divertia momentos antes, Sandro impediu que terceiros socorressem a vítima, chegando a apontar a arma para uma testemunha que tentava ajudar. A decisão judicial caracteriza a ação como evidenciando "dolo intenso, crueldade no agir e desprezo pela vida humana".
Sandro cumpriu prisão preventiva de dezembro de 2022 a maio deste ano, quando conseguiu o direito de aguardar o julgamento em liberdade.

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