terça-feira, 16 de setembro de 2025

Prefeito de Potiretama é condenado por incêndio criminoso - Cidade aguarda marcação de nova eleição

Já cassado em segunda instância no TRE-CE, Luan Dantas foi condenado na Justiça Comum.

Gestor foi apontado como culpado, em decisão de primeira instância, por um incêndio criminoso com motivações políticas

O prefeito de Potiretama, Luan Dantas Félix (PP), sofreu um novo revés na Justiça. Depois de ter o mandato cassado em segunda instância pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE), ele foi condenado na Justiça comum, em decisão da Vara Única da Comarca de Alto Santo. A sentença impõe a ele uma pena de pouco mais de 6 anos de reclusão, em regime inicial semiaberto, por envolvimento em um incêndio criminoso com motivação política.
Apesar da condenação, o prefeito foi absolvido da acusação de integrar organização criminosa, rejeitada pela Justiça “por falta de elementos suficientes para configurar o crime”.

Incêndio premeditado e retaliação política - Luan Dantas está preso preventivamente após ter sido denunciado como mandante de um incêndio contra a residência de um advogado, Fernando Antônio Bezerra Freire, que representava opositores dele e atuava em denúncias ligadas às irregularidades na gestão de Luan, investigadas pelo Ministério Público do Ceará.
O crime ocorreu em 2024, na zona rural de Alto Santo, e teria sido executado com uso de óleo diesel como acelerador de chamas, segundo a decisão judicial. 
Segundo o juiz, o conjunto de provas como perícias técnicas, depoimentos de testemunhas e laudos da Coordenadoria de Inteligência da SSPDS, confirmou a premeditação e o papel de comando de Luan Dantas, que agiu em retaliação a denúncias de corrupção na Prefeitura. A decisão ainda manteve a prisão preventiva do prefeito.

Caminho aberto para nova eleição - Com a condenação na esfera criminal, o gestor, que segue preso, passa por mais um desgaste político. No campo eleitoral, Luan já havia sido cassado no TRE-CE por abuso de poder político e econômico. 
Agora, a condenação criminal aumenta a pressão para que o TRE-CE julgue os embargos de declaração, último recurso possível na Corte Eleitoral, antes da marcação da nova eleição suplementar no município.  

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