quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Suspeito de matar jovem que sumiu a caminho de casa no Ceará tem prisão preventiva decretada

A prisão foi convertida em preventiva após surgirem indícios de sua participação no homicídio.

A Justiça determinou a prisão preventiva de Wlaudeci Cavalcante Lima, de 29 anos, investigado pelo assassinato de Brenna Maia, de 25 anos, que desapareceu a caminho de casa em Morada Nova, no interior do Ceará. Wlaudeci estava preso temporariamente desde o início de julho, quando foi detido por posse de arma de fogo. A prisão foi convertida em preventiva após surgirem indícios de sua participação no homicídio.
Brenna foi encontrada morta em um terreno baldio no dia 17 de junho, um dia após ter sido filmada em uma briga com o ex-companheiro. O laudo da Perícia Forense apontou que a jovem morreu por asfixia, após sofrer um corte na traqueia.
Segundo a denúncia do Ministério Público, recebida pela Justiça em 8 de setembro, Wlaudeci matou Brenna na madrugada do dia 16 de junho, utilizando um objeto cortante, e subtraiu o celular da vítima.
Wlaudeci foi preso em 8 de julho, por armazenar uma arma de fogo em sua residência, localizada a cerca de 550 metros do local onde o corpo foi encontrado. No momento da detenção, a polícia também apreendeu dois celulares, incluindo o da vítima, o que iniciou a investigação sobre seu envolvimento no homicídio.
A Justiça justificou a conversão da prisão em preventiva afirmando que Wlaudeci tentou eliminar vestígios do aparelho da vítima, com “claro intuito de obter vantagem pessoal e se ocultar das investigações”, garantindo a ordem pública.

Tentativa de apagar vestígios - Relatórios técnicos indicam que o iPhone 12 Pro Max de Brenna foi bloqueado e desbloqueado diversas vezes na madrugada do crime. Wlaudeci teria realizado pesquisas sobre como contornar o Face ID e alterar configurações do dispositivo, além de buscar tutoriais para reiniciar, formatar e apagar rastros do aparelho. E-mails confirmaram alterações na conta Apple da vítima, reforçando o controle do suspeito sobre o celular.
Conversas encontradas no WhatsApp mostram que ele admitiu ter “ajeitado o celular” e planejado fuga para outro município.

Versões conflitantes e provas - Em dois interrogatórios, Wlaudeci apresentou versões diferentes sobre como obteve o celular: primeiro alegou ter encontrado o aparelho já desbloqueado na rua; depois disse que pegou o celular enquanto estava em um mototáxi. Testemunhas e investigações confirmaram que ele teve acesso à senha original da vítima, indicando contato prévio e desmontando a versão de “achado de celular”.

Histórico criminal - Wlaudeci é membro de facção criminosa e possui antecedentes por estupro de vulnerável, furto e quatro ocorrências por porte ilegal de arma de fogo. Atualmente, ele está detido na Unidade Prisional de Quixadá.

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