A prisão foi convertida em preventiva após surgirem indícios de sua participação no homicídio.
A Justiça determinou a
prisão preventiva de Wlaudeci Cavalcante
Lima, de 29 anos, investigado pelo assassinato de Brenna Maia, de 25 anos, que desapareceu a caminho de casa em
Morada Nova, no interior do Ceará. Wlaudeci estava preso temporariamente desde
o início de julho, quando foi detido por posse de arma de fogo. A prisão foi
convertida em preventiva após surgirem indícios de sua participação no
homicídio.
Brenna foi encontrada morta em um terreno baldio no dia 17 de junho, um dia
após ter sido filmada em uma briga com o ex-companheiro. O laudo da Perícia
Forense apontou que a jovem morreu por asfixia, após sofrer um corte na
traqueia.
Segundo a denúncia do Ministério Público, recebida pela Justiça em 8 de
setembro, Wlaudeci matou Brenna na madrugada do dia 16 de junho, utilizando um
objeto cortante, e subtraiu o celular da vítima.
Wlaudeci foi preso em 8 de julho, por armazenar uma arma de fogo em sua
residência, localizada a cerca de 550 metros do local onde o corpo foi
encontrado. No momento da detenção, a polícia também apreendeu dois celulares,
incluindo o da vítima, o que iniciou a investigação sobre seu envolvimento no
homicídio.
A Justiça justificou a conversão da prisão em preventiva afirmando que Wlaudeci
tentou eliminar vestígios do aparelho da vítima, com “claro intuito de obter
vantagem pessoal e se ocultar das investigações”, garantindo a ordem pública.
Tentativa de apagar vestígios - Relatórios técnicos indicam que o iPhone 12 Pro Max de Brenna foi
bloqueado e desbloqueado diversas vezes na madrugada do crime. Wlaudeci teria
realizado pesquisas sobre como contornar o Face ID e alterar configurações do
dispositivo, além de buscar tutoriais para reiniciar, formatar e apagar rastros
do aparelho. E-mails confirmaram alterações na conta Apple da vítima,
reforçando o controle do suspeito sobre o celular.
Conversas encontradas no WhatsApp mostram que ele admitiu ter “ajeitado o celular” e planejado fuga
para outro município.
Versões conflitantes e provas - Em dois interrogatórios, Wlaudeci apresentou versões diferentes sobre
como obteve o celular: primeiro alegou ter encontrado o aparelho já
desbloqueado na rua; depois disse que pegou o celular enquanto estava em um
mototáxi. Testemunhas e investigações confirmaram que ele teve acesso à senha
original da vítima, indicando contato prévio e desmontando a versão de “achado de celular”.
Histórico criminal - Wlaudeci é membro de facção criminosa e possui antecedentes por estupro de vulnerável, furto e quatro ocorrências por porte ilegal de arma de fogo. Atualmente, ele está detido na Unidade Prisional de Quixadá.
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