O crime aconteceu no último fim de semana e foi registrado por câmeras de segurança
O bombeiro militar Anderson de Castro Vasconcelos foi preso suspeito de participar do latrocínio que vitimou o motociclista
de aplicativo Rafael Tardelly Rodrigues
de Brito, morto a tiros em Fortaleza. O crime aconteceu no último fim de
semana e foi registrado por câmeras de segurança.
Segundo a investigação, Rafael aguardava o embarque de uma passageira quando
foi abordado por dois homens armados em uma motocicleta. O garupeiro anunciou o
assalto e, diante da tentativa de fuga da vítima, efetuou disparos. Rafael foi
atingido e, mesmo ferido, seguiu até uma farmácia próxima para pedir socorro.
Imagens mostram o momento em que ele estaciona a moto e exibe o braço
ensanguentado, antes de desmaiar na calçada. Ele não resistiu aos ferimentos. A
passageira não ficou ferida.
Identificação do suspeito - Anderson foi identificado após a polícia rastrear a placa da motocicleta
utilizada no crime. O veículo foi localizado estacionado na Avenida Borges de
Melo, onde os policiais realizaram vigilância até a chegada do suspeito. Ele
foi seguido até sua residência, onde foram encontrados objetos de origem
criminosa.
Conforme o relato policial, o bombeiro se mostrou agitado com a presença
dos agentes e chegou a se autolesionar, batendo a cabeça contra a parede. Ele
confessou ser soldado do Corpo de Bombeiros há três anos e usuário de drogas.
Em depoimento, negou participação no latrocínio, afirmando que havia emprestado
a motocicleta a um jovem conhecido como “Pivete”.
O Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) informou, por nota, que já
havia um procedimento de deserção em andamento contra Anderson devido à
ausência no serviço. A corporação ressaltou que repudia condutas contrárias aos
valores institucionais e à preservação da vida.
Já a Controladoria Geral de Disciplina (CGD) comunicou que deve instaurar
um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) em desfavor do militar.
Decisão judicial - A prisão em flagrante do suspeito chegou a ser relaxada em audiência de custódia, após a juíza considerar indícios de ilegalidade na situação de flagrância. No entanto, o Ministério Público do Ceará (MPCE) solicitou a prisão preventiva, que foi decretada pela Justiça.
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