Dezenas de corpos foram retirados de uma região de mata, na
Penha
Pelo menos quatro
cearenses estão entre os mortos da megaoperação policial no Rio de Janeiro, nos
complexos do Alemão e da Penha, ocorrida na última terça-feira (28), segundo
informações recebidas por autoridades cearenses. O número total de mortos já
ultrapassou 120 - incluindo quatro policiais.
Os cearenses encontrados mortos no Rio são integrantes da facção criminosa
carioca Comando Vermelho (CV), que atuavam principalmente nas regiões do
Pirambu e do Carlito Pamplona, em Fortaleza.
Autoridades cearenses receberam informações da Polícia do Rio de Janeiro sobre
a morte de quatro integrantes do CV no Ceará:
Leilson Sousa da Silva,
o 'Lelê'
Francisco Teixeira
Parente, o 'Mongol'
Luan Carlos Marcolino
de Alcânta, o 'Tubarão'
Josigledson de Freitas
Silva, o 'Gleissim' ou 'Traquino'
Já Carlos Mateus da
Silva Alencar, o 'Skidum' ou 'Fiel', de 30 anos, número 1 do CV no Pirambu e um
dos foragidos mais procurados pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa
Social do Ceará (SSPDS), estava na região onde aconteceu a operação, mas não há
informações confirmadas se ele é um dos mortos.
Comparsas de 'Skidum' mortos - Os cearenses mortos na megaoperação policial no Rio de Janeiro atuavam
diretamente com 'Skidum' no tráfico de drogas e nas outras ações do Comando
Vermelho no bairro Pirambu, em Fortaleza.
Leilson Sousa da Silva, o 'Lelê', 30, era conhecido como "o gerente do
Skidum". Ele respondia a processos criminais por tráfico e por roubo, na
Justiça do Ceará.
Em 2020, 'Lelê' foi preso pela Polícia Civil do Ceará (PCCE) na festa de
aniversário dele, junto de 15 convidados. Para os investigadores, o evento se
tratava de uma festa de uma facção criminosa.
Já Francisco Teixeira Parente, o 'Mongol', que responde a processos, na
Justiça do Ceará, por homicídio, estelionato, furto e corrupção ativa.
'Skidum', 'Lelê' e 'Tubarão' estavam na região onde aconteceu
a megaoperação - Os dois últimos foram confirmados como mortos para autoridades
cearenses.
Mortes de policiais no Ceará - 'Mongol' é um dos acusados de matar o soldado da Polícia Militar do Ceará
(PMCE) Heverton Gonçalves da Silva, aos 27 anos, no bairro Pirambu, no dia 6 de
setembro de 2022.
Conforme a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), o PM teria ido à residência
de um morador, no Pirambu, para tirar satisfação sobre um suposto assalto, o
que revoltou a facção e motivou o assassinato.
A morte do PM foi comemorada com fogos de artifício e com um vídeo que mostrava
o cadáver, compartilhado nas redes sociais. A vítima teria se identificado como
policial militar, mas os criminosos não teriam acreditado, pois pensavam que
ele era integrante de uma facção rival.
O terceiro morto na megaoperação no Rio é Luan
Carlos Marcolino de Alcânta, o 'Tubarão', com atuação no bairro Carlito
Pamplona, em Fortaleza.
De acordo com o Ministério Público do Ceará, 'Tubarão' foi um dos responsáveis
pelo assassinato do policial militar Bruno Lopes Marques, no Pirambu, em
Fortaleza, no dia 12 de fevereiro do ano passado. 'Skidum' também responde pelo
crime.
O policial tinha 27 anos e estava de folga em um bar, jogando baralho, quando
foi assassinado.
Luan também respondia pelo crime de tráfico de drogas, devido a uma ocorrência
registrada em 5 de março de 2021, na mesma região em que o PM foi morto.
O quarto cearense que teve o nome informado pela Polícia carioca é Josigledson de Freitas Silva, o 'Gleissim'
ou 'Traquino', que também atuava no bairro Carlito Pamplona. Ele respondia
a um processo, na Justiça do Ceará, por integrar organização criminosa.
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