quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Tesoureiro do CV que atuou nas eleições de Santa Quitéria deve permanecer preso

Segundo denúncia do MPCE, o réu era responsável pelo controle financeiro da organização

Fachada do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará

Um homem conhecido como "tesoureiro" da facção criminosa carioca Comando Vermelho (CV), que atuava em Santa Quitéria, no Interior do Ceará, teve o pedido de liberdade provisória negado pela Justiça. A decisão foi promulgada no fim de setembro pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas.
O réu, identificado como Kaiky Victor Felix Cardoso, de 21 anos, foi um dos alvos da operação conjunta das polícias Civis do Ceará e Rio de Janeiro no dia 31 de maio, cujo objetivo foi encontrar os principais líderes da organização criminosa foragidos na comunidade da Rocinha, na capital fluminense.
O acusado conseguiu fugir pela mata local junto de outros suspeitos. Porém, ele acabou preso em 19 de junho ao desembarcar no Ceará e ir para a Região Norte do Estado, rumo a Santa Quitéria. Ele responde pelos crimes de tráfico de drogas e associação criminosa.

RÉU ATUAVA NO CONTROLE FINANCEIRO DA FACÇÃO - Segundo a denúncia do Ministério Público, uma análise pericial do celular de Kaiky Victor identificou diversos registros de atuações dele dentro do Comando Vermelho. Dentre eles: imagens do réu esbanjando armas de grosso calibre e conversas de WhatsApp com outros membros reconhecidos do grupo.

COMPRA DE VOTOS E AMEAÇAS EM SANTA QUITÉRIA - A operação policial que levou à prisão de Kaiky Victor foi organizada para investigar a interferência do Comando Vermelho nas eleições municipais de Santa Quitéria, em 2024.
Conforme o descoberto pelas Forças de Segurança do Ceará e o MPCE, os criminosos teriam comprado votos dos cidadãos para os então candidatos Braguinha (PSB) e de Gardel Padeiro (PP), que inclusive venceram a eleição, mas já tiveram os diplomas cassados por abuso de poder político e econômico no início de maio.
Os acusados também teriam dado drogas a possíveis eleitores e ameaçado adversários políticos e apoiadores, conforme as investigações. Há indícios ainda de que o método também tenha sido adotado nas eleições de 2020.

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