Fachada do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará
Um homem conhecido como
"tesoureiro" da facção
criminosa carioca Comando Vermelho (CV), que atuava em Santa Quitéria, no
Interior do Ceará, teve o pedido de liberdade provisória negado pela Justiça. A
decisão foi promulgada no fim de setembro pela Vara de Delitos de Organizações
Criminosas.
O réu, identificado como Kaiky Victor
Felix Cardoso, de 21 anos, foi um dos alvos da operação conjunta das
polícias Civis do Ceará e Rio de Janeiro no dia 31 de maio, cujo objetivo foi
encontrar os principais líderes da organização criminosa foragidos na
comunidade da Rocinha, na capital fluminense.
O acusado conseguiu fugir pela mata local junto de outros suspeitos. Porém, ele
acabou preso em 19 de junho ao desembarcar no Ceará e ir para a Região Norte do
Estado, rumo a Santa Quitéria. Ele responde pelos crimes de tráfico de drogas e
associação criminosa.
RÉU ATUAVA NO CONTROLE FINANCEIRO DA FACÇÃO - Segundo a denúncia do Ministério Público, uma análise pericial do celular
de Kaiky Victor identificou diversos registros de atuações dele dentro do
Comando Vermelho. Dentre eles: imagens do réu esbanjando armas de grosso
calibre e conversas de WhatsApp com outros membros reconhecidos do grupo.
COMPRA DE VOTOS E AMEAÇAS EM SANTA QUITÉRIA - A operação policial que levou à prisão de Kaiky Victor foi organizada
para investigar a interferência do Comando Vermelho nas eleições municipais de
Santa Quitéria, em 2024.
Conforme o descoberto pelas Forças de Segurança do Ceará e o MPCE, os
criminosos teriam comprado votos dos cidadãos para os então candidatos
Braguinha (PSB) e de Gardel Padeiro (PP), que inclusive venceram a eleição, mas
já tiveram os diplomas cassados por abuso de poder político e econômico no
início de maio.
Os acusados também teriam dado drogas a possíveis eleitores e ameaçado
adversários políticos e apoiadores, conforme as investigações. Há indícios
ainda de que o método também tenha sido adotado nas eleições de 2020.
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