
Ministério Público quer suspender a construção da estátua de Nossa Senhora de Fátima, no Crato, por suspeitas de irregularidades
O pedido de embargo apresentado pelo representante do Ministério Público (MP) no Crato, Lucas Felipe Azevedo de Brito, da 2ª Promotoria de Justiça desta comarca, visando à paralisação nas obras de construção da estátua de Nossa Senhora de Fátima, no bairro Barro Branco, gerou revolta de moradores. Para a população, com a conclusão da estátua, ruas do bairro passarão a receber melhor infraestrutura, tendo em vista a possibilidade do local vir a ser transformado em área de peregrinação de romeiros. O monumento medirá 46 metros de altura. A obra está orçada em R$ 948 mil, com recursos do governo do Estado, através da Secretaria das Cidades, e é confeccionada em fibra de vidro. A construção já dura cinco anos.
Irregularidades - No início do ano, a Justiça determinou a paralisação da obra, atendendo à solicitação do MP. A segunda instância, no entanto, liberou a continuação. Lucas Felipe Azevedo afirma que as investigações apontam para irregularidades. Segundo ele, há fortes indícios de superfaturamento. "Foi apurado que, na primeira tentativa de construção, houve desvio de recurso superior a R$ 400 mil", avalia. Segundo o MP, a construtora já teria recebido mais de 90% dos recursos destinados à estátua. "As medições foram falsificadas, inúmeras vezes, pelos engenheiros e pelos proprietários da construtora", acusa o promotor. A Promotoria também solicitou ação por improbidade administrativa contra o proprietário da construtora e os engenheiros responsáveis. Ainda foi apresentada denúncia criminal contra os envolvidos. O MP quer a prisão preventiva do proprietário da empresa Projesul Construções e Serviços Ltda., responsável pela obra.
DN
Nenhum comentário:
Postar um comentário