
O Tribunal de Justiça de São
Paulo de São Paulo concedeu na última sexta-feira (19) liminar revogando a
prisão preventiva do soldado da Polícia Militar Henrique Dias Bueno de Araújo.
Acusado da morte do ambulante Carlos Augusto Muniz Braga, o policial estava
detido no presídio militar Romão Gomes, na Zona Norte de São Paulo. Ele deve
ser solto no final da tarde ou começo da noite desta segunda-feira (22). Henrique
Araújo foi preso em flagrante após disparar à queima roupa contra o camelô,
durante uma fiscalização de combate a produtos piratas, na Rua Doze de Outubro,
na Lapa, Zona Oeste da capital, na quinta-feira (18). Várias testemunhas
registraram a morte do ambulante com os aparelhos celulares. Depois da prisão,
o soldado passou a responder processos nas Justiças comum e militar. Como o
Ministério Público de São Paulo apresentou denúncia à Justiça contra o policial
por homicídio doloso (dolo eventual), o processo na Justiça militar foi
extinto, de acordo com a própria assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça
Militar. Como consequência, a Justiça militar também emitiu alvará de soltura,
acompanhando assim decisão da Justiça comum. Em depoimento, Henrique disse que
o disparo foi acidental. A versão da PM é que o soldado não queria atirar. “Um
dos PMs acabou ficando totalmente encurralado e houve um disparo acidental”.

O soldado já havia atirado e
matado um morador de rua em março deste ano. A informação foi confirmada pela
assessoria de imprensa da PM. As duas ocorrências foram registradas durante
abordagens policiais. Por meio de nota, a corporação informou que a morte do
morador de rua foi considerada legal porque o soldado "agiu em legítima
defesa e no estrito cumprimento do dever legal". O caso ocorreu em 12 de
março na Rua Barão da Passagem, na Vila Leopoldina, por volta das 20h10, quando
os policiais militares abordaram um homem que estava com um carrinho de cargas
em atitude suspeita. Segundo a PM, na tentativa da abordagem, o suspeito fugiu
e foi perseguido. Em seguida, o homem teria sacado um facão e tentado atacar os
PMs, quando o soldado Araújo atirou contra o suspeito. A vitima, que não
possuía documentos e não foi identificada, morreu no local.
Nenhum comentário:
Postar um comentário