Mulher registrou com
celular as agressões do marido
Uma mulher apanhava do marido,
era mantida em cárcere privado e ainda era obrigada a se vestir de homem no
Vale do Paraíso, interior de Rondônia, segundo informações da Polícia Civil da
região. O casal tinha três filhos pequenos que também eram agredidos. Rutileia
Flauzino de Oliveira, de 31 anos, disse à polícia que o marido batia nela e nas
crianças — dois gêmeos de um ano e outro menino de dois — com fios de
eletricidade e até com uma chave de fenda. Desesperada, ela procurou a
delegacia de Ouro Preto do Oeste na última sexta-feira (5). Segundo a vítima,
ela e o marido, o aposentado Agripino Rodrigues de Oliveira, de 53 anos, estão
casados há sete anos. Rutileia disse ainda que era constantemente agredida e
quase não podia sair de casa. A vítima
disse que apanhava por motivos fúteis. Antes de ir à delegacia, ela tirou fotos
das próprias costas com um celular. As imagens mostram vários arranhões e até
mordidas que teriam sido causados pelo marido. Rutileia disse que ela era obrigada
a se vestir de homem. — Ela disse que era para que as pessoas não olhassem para
ela, por questões de ciúmes. Rutileia era proibida de falar até com os vizinhos
e, nas poucas vezes que saía de casa, era acompanhada pelo marido. A vítima e
os filhos foram levados para a casa de parentes. A Polícia Civil solicitou
medidas protetivas para ela baseadas na Lei Maria da Penha, como impedir que
Oliveira chegue a menos de 200 metros da mulher. O caso foi registrado como
lesão corporal/violência doméstica. O agressor não foi encontrado para prestar
esclarecimentos. Como não houve flagrante, ele deve responder em liberdade pelo
crime.
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