O Diretor da Cadeia
de Iguatu, Roberto Wilson
Após a rebelião que aconteceu na
última quarta-feira (21), na Cadeia Pública de Iguatu, o diretor da unidade
prisional, Roberto Wilson disse que a ação pode ser um efeito colateral de uma
determinação sua em colocar agentes prisionais com o apoio de PMs na Rua 25 de
março evitando a jogada de drogas por sobre o muro da unidade prisional, “ não
tenho esta confirmação, mas pode ser o indício desta ação e aviso que não
iremos recuar. Agentes Prisionais com o apoio de Policiais Militares
continuarão no local evitando a entrada de drogas na Cadeia e se pensam que
irão nos intimidar estão enganados”. Roberto Wilson falou com detalhes sobre o
início da rebelião, “recebi a informação que um vaso sanitário estaria entupido
na cela 02, fui ao local e identifiquei que realmente aconteceu isto, pedi que
esperassem para dar uma solução, mas começaram a falar palavrões contra a minha
pessoa, então decidi que o banho de sol estaria cancelado. Aí aumentaram as agressões verbais e logo após tentaram
segurar um Agente Prisional para fazer dele refém de um grupo que tomou o pátio
e começaram a queimar colchões e quebrar o que via pela frente”. No final da
tarde, dezesseis detentos foram transferidos para a PIRC em Juazeiro do Norte,
“eles não irão retornar para Iguatu, permanecerão lá e foram os envolvidos
nesta rebelião que trouxe grandes transtornos para todos”.
A cadeia de Iguatu foi construída
em 1974 passou por uma reforma em 2010 e possui neste momento triplo da sua
capacidade para receber detentos, “ temos a capacidade para termos 55 detentos
e no momento da rebelião tínhamos 165 pessoas na Cadeia, estamos com o triplo
da sua capacidade. É algo preocupante porque além de recebermos infratores de
Iguatu aqui se encontram detentos de outras cidades”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário