
Uma das vítimas da
chacina de agosto foi morta em frente a um bar de Osasco
O Tribunal de Justiça Militar de
São Paulo decretou no último sábado (7) a prisão preventiva de mais um policial
militar acusado de participar da chacina que deixou 19 mortos em Osasco,
Barueri e Itapevi, na região metropolitana da capital paulista, no dia 13 de
agosto. O mandado de prisão foi cumprido pela polícia no sábado, e o cabo já
está detido no presídio militar Romão Gomes. O cabo é o oitavo suspeito preso
por envolvimento no caso. O primeiro detido foi o soldado Fabrício Emanuel
Eleutério, ainda em agosto. Ele nega participação. Outros cinco PMs e o
coordenador da Guarda Civil Metropolitana de Barueri também já haviam sido
presos, em outubro, durante uma grande operação conjunta da Polícia Civil e da
Corregedoria da Polícia Militar, que, além das prisões, cumpriu 26 mandados de
busca e apreensão em diferentes endereços de São Paulo. Na oportunidade, outros
dois PMs também foram presos, em flagrante, mas não pela efetiva participação
na chacina. Eles são investigados pelo crime, mas foram detidos porque, durante
o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, a polícia encontrou armas e
munições irregulares em suas residências. O nome do cabo preso neste sábado
(7), assim como o nível de sua suposta participação no crime, não foram
divulgados porque o processo corre sob segredo de Justiça. A Secretaria da
Segurança Pública afirmou que investiga o envolvimento de 18 policiais
militares nos ataques. De acordo com a denúncia, além de seis PMs que teriam
participado diretamente da chacina, outros 12 podem ter atuado indiretamente,
dando cobertura aos assassinos. Quatro guardas-municipais e um vigilante também
são investigados.
Chacina - No dia 13 de agosto de
2015, 18 pessoas foram mortas e sete ficaram feridas em ataques realizados por
indivíduos armados em 10 lugares próximos, em um espaço de tempo de ao menos
três horas, nas cidades de Barueri e Osasco, ambas na Grande São Paulo. Uma
adolescente de 15 anos, que foi internada, morreu dias depois.
Nenhum comentário:
Postar um comentário