
Dobrou o número de casos
suspeitos de microcefalia relacionada ao Zika vírus no Ceará, segundo dados
atualizados pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), divulgados nesta
sexta-feira, 11. Agora são 80 casos notificados, em 30 municípios diferentes.
Na última semana, o número de casos em investigação informado pela Sesa era 40;
em sete dias, o aumento é de 100%. Apenas um óbito causado pela anomalia,
relacionada ao vírus, foi confirmado, no município de Tejuçuoca. Fortaleza
lidera a incidência dos casos, com 31 em investigação, seguida por Maracanaú e
Barbalha. Há notificações da doença também nos municípios de Aquiraz, Banabuiú,
Barreira, Bela Cruz, Canindé, Capistrano, Caucaia, Crato, Cruz, Eusébio,
Horizonte, Ipaumirim, Ipu, Itaitinga, Itapajé, Jardim, Jijoca de Jericoacoara,
Juazeiro do Norte, Lavras da Mangabeira, Mauriti, Missão Velha, Mucambo,
Poranga, Quixeré, Santa do Acaraú, São Gonçalo do Amarante e Tejuçuoca. Segundo
a Sesa, até o último dia 5 de dezembro, foram notificados 1.761 casos suspeitos
de microcefalia relacionada ao vírus Zika no País, em 14 Estados. Entre esse
total, 19 óbitos são suspeitos.
Nordeste - O Ministério confirmou
a relação do surto de microcefalia no Nordeste com o Zika vírus no último mês
de novembro, após a morte do bebê cearense que nasceu com a anomalia e outras
malformações congênitas, e acabou morrendo. Amostras de sangue e tecidos do
recém-nascido em exames realizados pelo Instituto Evandro Chagas, órgão do
Ministério em Belém (PA), identificaram a presença do vírus. Com o disparo dos
casos e as muitas interrogações, o órgão lançou alerta para as grávidas e
recomendou que, até que as questões sejam esclarecidas, as mulheres que desejam
engravidar avaliem com cuidado os riscos. Microcefalia é uma condição rara que
faz com que o bebê nasça com o crânio de tamanho menor do que o normal. A
anomalia é irreversível e está associada a retardos de desenvolvimento.
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