O deputado Agenor Neto (PMDB)
utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa, durante a sessão plenária da
última terça-feira (3) para destacar uma reportagem do Jornal Diário do
Nordeste que aponta uma investigação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) em
relação à gestão da saúde pública do Estado. Segundo a reportagem, as
deficiências no setor da saúde do Estado estão sendo investigadas em três
auditorias realizadas pelo TCE, envolvendo a administração de unidades de saúde
por organização social, terceirização de profissionais por meio de cooperativas
e a gestão da Saúde por meio do Executivo. Para o parlamentar, existe uma
desgonvernança por parte do Governo do Estado. “Neste mês estamos completando
um ano da grande crise da saúde em nosso Estado, com repercussões até na
imprensa nacional, e até agora nada foi feito, como mostra claramente a
reportagem do jornal”. Ele lembrou que durante a campanha eleitoral foi vendida
a imagem de uma saúde para ser exemplo para o resto do país. “Inclusive na
época, o ex-deputado Ciro Gomes, ao ser nomeado para a Secretaria de Saúde do
Estado, tentou acabar com os piscinões dos hospitais de Fortaleza, mas seus
métodos resultaram na morte de vários pacientes do interior, que não puderam
ser transferidas para a Capital”.
Falta de prioridades - Agenor
Neto voltou a criticar a falta de prioridades na aplicação dos recursos dos
governos Cid Gomes e do atual, Camilo Santana. “O governo anterior priorizou,
em detrimento da saúde do Ceará, a construção de um aquário, que já custou mais
de R$ 100 milhões, e o atual está festejando a conquista de um empréstimo de
mais de R$ 400 milhões para a continuidade dessa obra”. O peemedebista lembrou
a aquisição pelo Estado de quatro tatuzões (equipamento para cavar túneis) por
um preço de R$ 137 milhões. “Nós pagamos mensalmente R$ 3,5 milhões para fazer
uma revisão desses equipamentos, e de 2012 até agora já foram gastos R$ 140
milhões, e enquanto isso o povo morre por falta de atendimento na saúde”. O
deputado conclamou a imprensa para verificar in loco a situação crítica na
saúde dos municípios do interior do Ceará. “Podem ter a certeza: o problema da
saúde no interior é tão ruim quanto na capital ou pior. Muitos estão morrendo
porque não conseguem uma transferência para um leito de UTI”.
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