
Jonatan Gomes Higino,
20, preso em flagrante no domingo (8) acusado de esfaquear o apóstolo Valdemiro
Santiago durante um culto na Igreja Mundial do Poder de Deus
O ajudante-geral Jonatan Gomes
Higino, 20, preso em flagrante no último domingo (8) acusado de esfaquear o
apóstolo Valdemiro Santiago durante um culto na Igreja Mundial do Poder de
Deus, será encaminhado ao CDP (Centro de Detenção Provisória). Ele passou por
uma audiência de custódia no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de
São Paulo.
Descalço, vestindo uma camisa
azul rasgada, o rapaz foi acompanhado pelo advogado Sindbad Thadeu Focaccia,
que contou que alegará incidente de sanidade mental ao juiz da Vara do Júri, o
qual ficará responsável por julgar o caso. "Ele tem claros problemas
psicológicos e precisa ser acompanhado por profissionais".
Jonatan afirmou durante a
audiência que Valdemiro Santiago o desafiou durante uma pregação. "Ele me
desafiou, me insultou e tentou me matar com a palavra dele. A lei é
santa", disse ao juiz Cláudio Juliano Filho.
Ele disse ainda que costuma
frequentar a Cidade Mundial dos Sonhos de Deus, que fica no Largo do Socorro,
em Santo Amaro, mas que não tem religião. "Minha religião é Jesus".
Aos agentes da Polícia Civil, ele
havia contado que cinco meses atrás assistiu a um culto no local e que
Valdomiro Santiago havia olhado para ele e dito: "vamos crucificar
ele". Há 15 dias, o jovem passou por uma casa na cidade de Santana do
Parnaíba e avistou no quintal o facão de 47,5 centímetros com que tentou matar
o apóstolo.
No final do culto que aconteceu
na manhã do domingo (8), foi à sede da Igreja Mundial do Poder de Deus, situada
no Brás, centro de São Paulo, esperou o momento em que os fiéis fazem fila para
serem abençoados por Valdomiro no final do culto e desferiu três golpes contra
o religioso, que foi socorrido e já se recupera em casa.
Jonatan contou que há três anos
mora sozinho em uma casa que ele invadiu no bairro de Cristal Park, em Santana
do Parnaíba, na Grande São Paulo. Antes disso, morava com a mãe em Itapevi,
também na Grande São Paulo, mas fugiu de casa para morar na rua após uma briga
com os irmãos.
Solteiro e sem filhos, trabalha
como ajudante de pedreiro e capinando mato. Afirmou ter estudado até a oitava
série do ensino fundamental e disse que sabe "ler e escrever".
Não havia familiares de Jonatan
no Fórum Criminal da Barra Funda durante a audiência de custódia dele. Na
ocasião, o juiz Cláudio Juliano Filho afirmou que não cabia a ele julgá-lo e
que o caso seria encaminhado a um juiz da Vara do Júri, que cuida de casos
relacionados a homicídios e tentativa de homicídio. Até que haja uma definição,
o jovem deve aguardar em prisão preventiva em um dos CDPs da capital paulista -
a definição do local ficará a cabo da SAP-SP (Secretaria de Administração
Penitenciária do Estado de São Paulo).
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