
Líquido ingerido por
criança usada em possível ritual religioso
Após quase dez meses da morte de
uma garota de 10 anos, internada com sintomas de intoxicação e o corpo cheio de
cicatrizes em forma de cruz, o Departamento de Polícia Técnica Cientifica do
Piauí divulgou nesta quarta-feira (25) o laudo com a causa da morte da criança.
O resultado do exame apontou que a menina foi vítima de estupro e faleceu em
decorrência de infecção generalizada. O laudo descartou intoxicação.
A criança morreu no dia 28 de
abril do ano passado, depois de passar 15 dias internada no Hospital de
Urgência de Teresina (HUT). Testes feitos pelo Instituto de Criminalística do
Piauí em parceria com a Universidade Federal do Piauí e o Instituto Federal do
Piauí (IFPI) apontaram apenas a presença de bactérias vegetais, que segundo
laudo, não teriam agravado o quadro da menina.
A Polícia Civil informou que, por
se tratar de menor, a investigação corre em segredo de Justiça e por isso não
vai divulgar detalhes sobre os próximos passos da investigação.
Entenda o caso - A criança de 10
anos foi internada no HUT em abril do ano passado com marcas de tortura e
intoxicação. Ela ficou em coma e sem apresentar nenhum tipo de reação por cerca
de duas semanas. A menina teria participado de um ritual religioso na zona
rural de Timon, no Maranhão. A garota não resistiu e faleceu no dia 28 de
abril.
A direção do hospital informou
que a criança havia entrado em um quadro de insuficiência renal com posterior
falência múltipla dos órgãos. Ela faleceu após parada cardíaca.
A Delegacia de Proteção à Criança
e ao Adolescente passou a investigar o caso. Para a polícia, os pais da vítima
relataram que frequentavam um salão de umbanda em Timon, no Maranhão, para
tratar a asma da filha e pagariam R$ 3 mil pelo tratamento. A mãe prestou
depoimento e chegou a confessar ter dado a bebida para a menina.
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