Aproximadamente uma hora de chuva
foi o suficiente para provocar alagamentos e causar transtornos em vários
bairros de Quixadá, no Centro do Estado. Além do entorno do terminal rodoviário
da cidade, onde o problema persiste há mais de duas décadas, noutros pontos,
como a Rua Padre Cícero, no bairro Triângulo, após nove anos os moradores
voltaram a viver o drama da água invadindo suas casas.
A Avenida José Caetano voltou a
se transformar em um rio. A água correu até por áreas mais altas, como o Centro
e no Planalto Universitário.
No início desta manhã a Fundação
Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) havia registrado 79
milímetros, no posto Custódio. Entretanto, nos pluviômetros instalados em
algumas residências da cidade, as chuvas do início da noite deste domingo (5)
chegaram aos 100 mm. Porém, este número não é oficial.
Ainda conforme a Funceme, durante
todo o mês de janeiro deste ano, choveu 72,7 mm em Quixadá, dentro da média
histórica. Em fevereiro foram 235,6mm, com um desvio pluviométrico positivo de
130,6 mm. Neste mês de março, em cinco dias, havia chovido apenas 38,4 mm. A
média é de 171,1mm.
Embora a população tenha esperado
uma enchente na última quinta-feira (2), conforme as autoridades alertaram, com
vendavais, chuvas intensas e raios, o prognóstico se confirmou nesta cidade
somente 48 horas depois, com trovoadas e raios. Desta vez, os bairros Baviera,
Carrascal e até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no Renascer, tiveram o
acesso interrompido.
Previsão meteorológica - Apesar
das chuvas terem parado, o dia amanheceu nublado em Quixadá. A Funceme prevê
para esta segunda-feira (6) mais possibilidade de chuvas, isoladas, em todo o
Estado. Esse quadro deve prosseguir nesta terça e quarta-feira, com chuvas em
todas as regiões.
O quadro atual está sendo
provocado por um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN), um sistema de baixa
pressão atmosférica e circulação horária a aproximadamente 12 km de altura
sobre o leste da Bahia. Na imagem do satélite GOES-13, canal Visível, das 8h
local, é possível observar nuvens mais significativas sobre o sul do Ceará.
De acordo com a Funceme, o outro
sistema meteorológico responsável chuvas no Estado, a Zona de Convergência
Intertropical (ZCIT) se afastou do norte do nordeste brasileiro.
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