Delegado Jéferson
Custódio foi afastado das funções e conduzido à CGD
Um delegado da Polícia Civil,
além de um inspetor e uma funcionária terceirizada, foram detidos nesta
quarta-feira (5), na cidade de Senador Pompeu, no Sertão Central e conduzidos à
sede da Controladoria Geral de Disciplina (CGD), em Fortaleza, para serem
ouvidos em depoimento. Os três são investigados pelo Ministério Público
Estadual (MPE) como suspeitos de crimes de extorsão ou corrupção, através da cobrança
de dinheiro para realizarem serviços obrigatórios da própria Polícia Judiciária
à sociedade.
O delegado-regional de Senador
Pompeu, Jéferson Custódio, um inspetor e a funcionária terceirizada foram
surpreendidos em suas residências, naquela cidade, numa operação batizada de
“Data Vênia” e deflagrada pelo Ministério Público, através do Grupo de Atuação
Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e do Núcleo de Investigação Criminal (Nuic), em conjunto
com a CGD e as promotorias da Comarca de Senador Pompeu.
A operação foi respaldada em
mandados judiciais de busca e apreensão expedidos pelo juiz da Comarca,
Wildemberg Ferreira de Sousa, que também determinou o afastamento da função do
delegado e do inspetor e os proibiu de sequer entrarem no prédio da Delegacia
de Senador Pompeu bem como nas unidades vinculadas a estas, delegacias sediadas
nas cidades de Mombaça, Pedra Branca, Solonópole, Deputado Irapuan Pinheiro,
Milhã e Piquet Carneiro.
O CRIME - Conforme relato do MPCE
à Imprensa nesta quarta-feira, e em nota publicada no site da instituição, os
três servidores são investigados diante de indícios de que estariam “cobrando
valores em troca da prestação de
serviços típicos da Polícia Civil”. Também teriam sido constatada pelos
promotores “a utilização de métodos ilegais na investigação de crimes, tais
como colocar drogas ilícitas junto a suspeitos como estratégia para a obtenção
de confissão forçada”, diz a nota.
Buscas e apreensões - Nas casas
dos três investigados, bem como na própria sede da Delegacia de Polícia de
Senador Pompeu, os promotores e membros da CGD apreenderam computadores e
vários documentos. Também foram confiscadas na delegacia várias armas de fogo.
“Agora, todo o material coletado
será analisado pelos investigadores do Ministério Público, o que deve
robustecer os elementos de provas e proporcionar a apresentação da denúncia
criminal em face dos investigados junto
à Justiça de Senador Pompeu, nos próximos dias”, afirmou o coordenador do
Gaeco, promotor de Justiça Manoel Epaminondas.
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