O goleiro Bruno Fernandes, do Boa
Esporte, pode voltar à prisão em breve. Rodrigo Janot, procurador-geral da
República, encaminhou um parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando
a revogação do habeas corpus concedido ao atleta em fevereiro, através do
ministro Marco Aurélio Mello. O caso, que agora tem o ministro Alexandre de
Moraes como relator, será analisado pela Primeira Turma do Tribunal na próxima
terça-feira (25).
De acordo com o jornal O Globo,
Bruno teve um pedido de liberdade negado pelo Superior Tribunal de Justiça
antes da decisão de soltura dada por Marco Aurélio Mello. E segundo Janot, não
cabe apresentar habeas corpus contra decisão tomada por outro ministro de
tribunal superior.
Inicialmente o caso estava com o
ministro Teori Zavascki, que morreu em um acidente aéreo em janeiro deste ano.
A medida era urgente e isso fez com que a presidente do STF, a ministra Cármen
Lúcia, encaminhasse o processo para Marco Aurélio Mello. Mas agora que Moraes
ocupou a vaga de Teori, o caso foi para as mãos dele, assim como muitos outros
processos do ministro morto. Além de Mello e Moraes, a Primeira Turma do STF
conta ainda com Luiz Fux, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso. As decisões são
tomadas por maioria de votos.
Bruno foi condenado pelo tribunal
de Contagem, em Minas Gerais, a 22 anos e três meses de prisão pela morte da
ex-amante Eliza Samudio. Entretanto, não houve confirmação ainda da condenação
na segunda instância, o que resultou no habeas corpus para que o goleiro
recorresse em liberdade. O atleta ficou preso por quase 7 anos.
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