Advogada do PCC
estava foragida da Justiça desde novembro de 2016
A advogada Marcela Antunes
Fortuna, de 35 anos, foi presa nesta terça-feira (2), no Paraguai. Ela era
considerada foragida da Justiça brasileira e, segundo promotores do Gaeco
(Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado), do Ministério
Público paulista, tinha participação de destaque no PCC (Primeiro Comando da
Capital).
Marcela era considerada foragida
da Justiça desde novembro, quando o Gaeco de Presidente Prudente e a Polícia
Civil desencadearam a Operação Ethos, que prendeu mais de 30 advogados ligados
à facção criminosa. Eles são acusados de atuar como um falso núcleo jurídico e
repassar ordens da cúpula do PCC para cúmplices fora dos presídios e atuar na
lavagem de dinheiro.
Segundo as investigações, Marcela
era a gestora do esquema junto aos advogados, sendo uma das principais
responsáveis pela distribuição de tarefas. A denúncia descreve seu papel no
esquema como responsável pela interação com a cúpula, além de estar
"ciente de todas as operações desenvolvidas pelo núcleo jurídico".
Por causa da Operação Ethos, a
Justiça determinou a transferência de 13 integrantes da cúpula do PCC para o
Regime Disciplinar Diferenciado, em Presidente Bernardes, considerado o mais
rígido do sistema prisional. Entre eles, está Marcos Willians Herbas Camacho, o
Marcola. O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) vai decidir sobre a
transferência de alguns deles para presídios federais.
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