Dos alvos da operação, apenas Uriel de Alencar
Rocha Santos Martins, filho do prefeito de Saboeiro, está foragido
Os dois empresários e o
pregoeiro da Comissão de Licitações do Município de Saboeiro, que estavam
foragidos deste a deflagração da 'Operação Avalanche', ocorrida na última
quarta-feira (5), se apresentaram às autoridades. Outros dois empresários
haviam sido presos, durante a ofensiva. Conforme o Ministério Público do Estado
(MPCE), permanece foragido apenas Uriel de Alencar Rocha Santos Martins, filho
do prefeito de Saboeiro, Gotardo Martins.
Estão
presos por mandados de prisão preventiva os empresários Antônio Antonerges
Xavier Almeida, Antônio Francisco Fernandes da Costa, Francimar Júnior Martins,
Pedro Francisco de Sousa Targino; e o pregoeiro, José Alves de Alencar.
O
grupo é suspeito de envolvimento em uma organização criminosa que desviava
verba pública do Município. Conforme o MPCE, somente em 2017, já teriam sido
desviados R$ 5,4 milhões dos cofres públicos. O valor é decorrente de esquemas
relacionados com fraudes em licitações, abastecimento de veículos da Prefeitura
de Saboeiro e com a contratação irregular de escritórios de contabilidade.
Conforme
o promotor de Justiça Herbet Gonçalves Santos (foto), o filho de Gotardo Martins
comandava um grande esquema de desvio de combustíveis da Prefeitura. Mesmo sem
ocupação oficial no serviço público, ele estaria emitindo vales falsos no posto
de combustíveis de Antônio Francisco Fernandes da Costa.
Os
tanques abastecidos, sequer, eram de veículos da Prefeitura. De acordo com a
investigação, "ou Uriel de Alencar ordenava o abastecimento em veículos
particulares ou sacava o dinheiro em espécie, o que configura os crimes de
falsidade documental, peculato, associação criminosa e usurpação de função
pública".
Áudios - Áudios
que circulam nas redes sociais mostram o filho do prefeito, comentando os
desdobramentos da operação. Em uma de suas falas, Uriel Alencar diz que
"esses 'cabas' que falam muito, cuidado para depois não perder a
língua". Para o foragido, um determinado grupo de vereadores do Município
seria responsável pelas denúncias ao MPCE.
Somente o esquema nos postos de
combustíveis teria sido responsável por um rombo de cerca de R$ 2,8 milhões.
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