quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Justiça decreta prisão de PMs por morte de adolescente a pauladas em abril deste ano

O adolescente Gabriel Paiva, que morreu após ficar internado por quatro dias (Foto: Reprodução/TV Globo)
O adolescente Gabriel Paiva, que morreu após ficar internado por quatro dias

A Justiça decretou a prisão preventiva dos dois policiais militares suspeitos de agredir e matar Gabriel Paiva, 16 anos, em abril deste ano. O adolescente morreu quatro dias depois da abordagem feita no dia 16 daquele mês. Thiago Quintino Meche e Jefferson Alves de Souza atuam no 22º Batalhão da PM e chegaram a ser presos temporariamente por 30 dias e levados para o Presídio Romão Gomes em maio, mas respondiam ao processo em liberdade até a nova decisão.
O mandado de prisão contra os dois policiais foi assinado pela juíza Débora Faitarone em 18 de julho. No documento, ela cita que o policial Jefferson procurou uma das testemunhas do caso com o “intuito de intimidá-la” e que isso demonstra “e periculosidade social dos agentes”. A decretação da prisão dos dois policiais, segundo a juíza, está baseada no artigo 312 do Código de Processo Penal, que trata da garantia da ordem pública e visa evitar a “reiteração delitiva”.
Na decisão, a juíza ainda cita duas testemunhas protegidas que relatam que os policiais agrediram a vítima na cabeça com um pedaço de madeira e, que mesmo caída no chão, continuou sendo agredida.
A Polícia Militar informou, em junho, que os dois soldados foram colocados em liberdade após o término da prisão temporária de 30 dias e que cumpriam escala de serviço administrativo e que a Corregedoria PM acompanha a instrução do inquérito policial militar instaurado para o fato, sendo que tal IPM foi encerrado e encaminhado para o Tribunal de Justiça Militar.

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