O adolescente Gabriel
Paiva, que morreu após ficar internado por quatro dias
A Justiça decretou a prisão
preventiva dos dois policiais militares suspeitos de agredir e matar Gabriel
Paiva, 16 anos, em abril deste ano. O adolescente morreu quatro dias depois da
abordagem feita no dia 16 daquele mês. Thiago Quintino Meche e Jefferson Alves
de Souza atuam no 22º Batalhão da PM e chegaram a ser presos temporariamente
por 30 dias e levados para o Presídio Romão Gomes em maio, mas respondiam ao
processo em liberdade até a nova decisão.
O mandado de prisão contra os
dois policiais foi assinado pela juíza Débora Faitarone em 18 de julho. No
documento, ela cita que o policial Jefferson procurou uma das testemunhas do
caso com o “intuito de intimidá-la” e que isso demonstra “e periculosidade
social dos agentes”. A decretação da prisão dos dois policiais, segundo a
juíza, está baseada no artigo 312 do Código de Processo Penal, que trata da
garantia da ordem pública e visa evitar a “reiteração delitiva”.
Na decisão, a juíza ainda cita
duas testemunhas protegidas que relatam que os policiais agrediram a vítima na
cabeça com um pedaço de madeira e, que mesmo caída no chão, continuou sendo
agredida.
A Polícia Militar informou, em
junho, que os dois soldados foram colocados em liberdade após o término da
prisão temporária de 30 dias e que cumpriam escala de serviço administrativo e
que a Corregedoria PM acompanha a instrução do inquérito policial militar
instaurado para o fato, sendo que tal IPM foi encerrado e encaminhado para o
Tribunal de Justiça Militar.
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