terça-feira, 17 de outubro de 2017

Autista é morto após ser confundido com bandido em Cubatão

Carlos Eduardo Ribeiro da Silva, de 25 anos, morreu em Cubatão (Foto: Arquivo Pessoal)
Carlos Eduardo Ribeiro da Silva, de 25 anos, morreu em Cubatão

Um jovem autista de 25 anos foi morto após ser confundido com um criminoso ao entrar em uma comunidade em Cubatão (SP). De acordo com os médicos que atestaram a morte de Carlos Eduardo Ribeiro da Silva, o rapaz foi brutalmente espancado e morreu em decorrência dos ferimentos. A polícia está investigando o caso, mas, apesar de vários relatos e do laudo médico, afirma que a vítima foi morta após ser atingida por um tiro.
Antes de morrer, Carlos Eduardo fugiu de um culto ao qual tinha ido com a mãe no último dia 8 de outubro. "Ele saiu correndo da igreja. Ninguém conseguiu segurar. Eu fui atrás e ele atravessou a linha do trem. Testemunhas nos contaram que pegaram o meu filho e eu não estava lá”, desabafa a aposentada Irani Maria Santos da Silva, de 63 anos.
Ela e o marido procuraram pelo filho em diversas regiões da cidade naquela noite, mas ninguém o encontrou. Quando o casal chegou em casa, mais tarde, foi informado de que Carlos havia sido encontrado com ferimentos pelo corpo inteiro em uma viela de uma comunidade no bairro Vila Natal, e que tinha sido socorrido.
O rapaz foi levado ao Pronto Socorro de Cubatão, mas pela gravidade do caso, foi transferido para o Hospital Santo Amaro, em Guarujá, no litoral paulista. Na quinta-feira (12), ele não resistiu aos ferimentos e morreu. Segundo informações oficiais da unidade, o paciente estava com traumas espalhados pelo corpo e foi vítima de agressão. As informações, porém, só foram divulgadas na noite desta segunda-feira (16).
A surpresa da família ocorreu quando, no boletim de ocorrência, Carlos foi apontado como vítima de bala perdida, fato confirmado pela Polícia Civil. O caso foi registrado na ocasião pela Delegacia Sede de Cubatão como homicídio e está sendo investigado, para que sejam apontadas as reais circunstâncias.
Familiares e testemunhas contestam a versão do boletim de ocorrência e afirmam que ele foi confundido com um criminoso, seja pela polícia ou por munícipes. 

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