quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Massacre em presídio - Polícia identifica 1º preso morto durante rebelião em Goiás

Pablo Henrique Alves Silva foi o primeiro preso morto na rebelião a ser identificado (Foto: Arquivo pessoal)
Pablo Henrique Alves Silva foi o primeiro preso morto na rebelião a ser identificado

A Polícia Civil identificou nesta quarta-feira (3) o primeiro dos nove detentos mortos durante rebelião na Colônia Agroindustrial de Regime Semiaberto, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Trata-se de Pablo Henrique Alves Silva, de 21 anos. Apesar de o corpo estar carbonizado, foi possível realizar a identificação por meio das impressões digitais.
A mãe de Pablo, a dona de casa Damaura Alves de Morais, de 65 anos, se disse revoltada com a situação. "Estou desesperada. Era meu único filho. Sei que ele errou, mas ali não é lugar de gente, não. Não é porque ele cometeu um crime que pode acontecer isso. É revoltante".
Ela revelou que visitou o filho, preso há dois anos por furto, no domingo (31), um dia antes do motim, e que ele estava tranquilo. No entanto, no dia seguinte, quando soube da rebelião, recebeu uma foto que parecia ser de Pablo morto.
"Eu vi que era a mesma bermuda que ele estava no dia anterior, mas não quis acreditar. Lá eles trocam muito de roupa e pensei que poderia ser outro. Mas infelizmente era ele".

Presos fazem rebelião na Colônia Agroindustrial em Aparecida de Goiânia (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Presos fazem rebelião na Colônia Agroindustrial em Aparecida de Goiânia

Identificação - De acordo com a coordenação criminal do Instituto de Identificação da Polícia Civil, outros cinco detentos devem ser identificados da mesma forma. Outros três corpos apresentam um quadro mais complicado e só devem ser identificados por outras duas formas: via DNA ou análise da arcada dentária.

O motim que ocorreu na última segunda-feira (1º) durou cerca de duas horas. A Superintendência de Administração Penitenciária (Seap) informou que, por causa da confusão, cerca de 90 presos saíram da unidade e ficaram na porta por questão de segurança, mas retornaram depois que a situação foi normalizada. Outros 242 presos fugiram, sendo que 143 foram recapturados.

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