Pablo Henrique Alves
Silva foi o primeiro preso morto na rebelião a ser identificado
A Polícia Civil identificou nesta
quarta-feira (3) o primeiro dos nove detentos mortos durante rebelião na
Colônia Agroindustrial de Regime Semiaberto, em Aparecida de Goiânia, na Região
Metropolitana da capital. Trata-se de Pablo Henrique Alves Silva, de 21 anos.
Apesar de o corpo estar carbonizado, foi possível realizar a identificação por
meio das impressões digitais.
A mãe de Pablo, a dona de casa
Damaura Alves de Morais, de 65 anos, se disse revoltada com a situação.
"Estou desesperada. Era meu único filho. Sei que ele errou, mas ali não é
lugar de gente, não. Não é porque ele cometeu um crime que pode acontecer isso.
É revoltante".
Ela revelou que visitou o filho,
preso há dois anos por furto, no domingo (31), um dia antes do motim, e que ele
estava tranquilo. No entanto, no dia seguinte, quando soube da rebelião,
recebeu uma foto que parecia ser de Pablo morto.
"Eu vi que era a mesma
bermuda que ele estava no dia anterior, mas não quis acreditar. Lá eles trocam
muito de roupa e pensei que poderia ser outro. Mas infelizmente era ele".
Presos fazem rebelião
na Colônia Agroindustrial em Aparecida de Goiânia
Identificação - De acordo com a
coordenação criminal do Instituto de Identificação da Polícia Civil, outros
cinco detentos devem ser identificados da mesma forma. Outros três corpos
apresentam um quadro mais complicado e só devem ser identificados por outras
duas formas: via DNA ou análise da arcada dentária.
O motim que ocorreu na última
segunda-feira (1º) durou cerca de duas horas. A Superintendência de
Administração Penitenciária (Seap) informou que, por causa da confusão, cerca
de 90 presos saíram da unidade e ficaram na porta por questão de segurança, mas
retornaram depois que a situação foi normalizada. Outros 242 presos fugiram,
sendo que 143 foram recapturados.
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